24. Sandes Júnior (PP-GO) pediu para Cachoeira pagar pesquisa
Data de divulgação
27.abr.2012
O escândalo
O deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) pediu que o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pagasse por uma pesquisa de opinião do instituto Serpes sobre a disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2012. O caso foi relatado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" em 27.abr.2012 com base em uma das escutas da Polícia Federal realizadas durante investigações sobre Cachoeira, que foi preso em fevereiro de 2012 suspeito de integrar esquema de corrupção.
A reportagem afirma que o inquérito da Operação Monte Carlo mostra que o grupo de Cachoeira trabalhava para lançar Demóstenes Torres candidato a prefeito e que Sandes Júnior queria ser vice. Demóstenes teve o mandato de senador de Goiás cassado em 11.jul.2012 por conta de suas conexões com Cachoeira, segundo registrado aqui pela página "Escândalos no Congresso".
"Cê não arruma um patrocinador pra uma pesquisa do Serpes (instituto de pesquisas que atua em Goiás), não? É R$ 7 mil", disse Sandes Júnior a Cachoeira em telefonema de 22 .ago.2011, segundo publicou o "Estado". "Vê se fala com uns amigos seus lá de Anápolis. Sete mil conto, bem feita. Mil e cem entrevistados. Margem de erro é (de) dois por cento", argumentou o deputado.
Outro lado
Sandes Júnior, segundo publicou o "Estado", disse ter recorrido a Cachoeira por causa da proximidade do contraventor com empresários de Anápolis, mas que o patrocínio para realizar a pesquisa não foi conseguido. "Sou de Goiânia e ele é um cara que nasceu em Anápolis, conhece todas as pessoas, os industriais. Mas encontrei com ele depois, num restaurante, e ele falou que estava muito cedo para a pesquisa", disse o deputado, de acordo com o texto do jornal.
O que aconteceu?
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou em 24.abr.2012 que fosse aberta investigação sobre as relações do deputado Sandes Júnior (PP-GO) com Cachoeira. O decisão de Lewandowski foi registrada no site de "O Estado de S. Paulo".
A Corregedoria da Câmara dos Deputados passou a investigar Sandes Júnior. Mas em 11.jul.2012, mesmo dia em que o Senado cassou o mandato de Demóstenes Torres, a Corregedoria arquivou a representação contra Rubens Otoni, segundo noticiou a "Folha".