Justiça determina a prisão preventiva do prefeito de Dourados (MS)

O desembargador Manoel Mendes Carli, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS), determinou a prisão preventiva de Ari Artuzi (PDT), prefeito de Dourados (MS), acusado pela Polícia Federal de participar de um megaesquema de fraudes em licitações, corrupção ativa e desvio de recursos públicos.

Artuzi foi preso temporariamente na última quarta-feira junto com outros 28 suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção. As prisões ocorreram durante a Operação Uragano. Foram detidos representantes do alto escalão do governo, como o vice-prefeito, Carlinhos Cantor, além de vários secretários e vereadores. Nesta sexta-feira, entretanto, a Justiça libertou 14 pessoas. 

Como foi preso temporariamente, Artuzi seria solto no domingo e poderia voltar a exercer o cargo de prefeito. Com a prisão preventiva, ele permanecerá preso até a conclusão do inquérito pela PF.

As acusações de fraudes apontam que houve direcionamento de licitações por meio de corrupção de servidores públicos e agentes políticos. Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato.

Os valores arrecadados serviam para o pagamento de diversos vereadores de Dourados (da situação e da oposição), para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito.

As investigações começaram em maio de 2010, e, além do prefeito, apontaram a participação de secretários municipais, empreiteiros, prestadores de serviços, vereadores e servidores públicos.