MP foi único a investigar com profundidade caso Celso Daniel, diz promotor
Antes de começar o julgamento do primeiro réu do caso Celso Daniel nesta quinta-feira (18), o promotor Francisco Cembranelli disse que o Ministério Público foi o único órgão a se aprofundar nas investigações. "A Polícia Civil investigou parcialmente o crime. Ela estava pressionada pela opinião pública para apresentar um resultado para a investgação, que foi muito curta e rápida. Eles apuraram até um determinado ponto, e, claro, não se aprofundaram. Quem se aprofundou foi o Ministério Público, que, durante um ano, foi buscar novas testemunhas e colher novos depoimentos", afirmou Cembranelli, ao entrar no no Fórum de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, por volta das 9h30 desta manhã.
O julgamento, previsto para começar às 9h30, está atrasado. O primeiro réu, Marcos Roberto Bispo dos Santos, é acusado pelo assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), do PT, ocorrido em 2002, e está foragido --mas o júri seguirá mesmo sem sua presença.
O réu é acusado por homicídio duplamente qualificado: por motivo torpe, almejando recompensa, e com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Mas a Promotoria deve reforçar a alegação de que o assassinato foi cometido com o objetivo de assegurar outro crime: os praticados contra a administração pública durante a gestão de Celso Daniel. A pena para homicídio doloso vai de 12 a 30 anos.
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