Preservação dos direitos humanos e fim das desigualdades devem marcar política externa do país
O estilo de política externa da presidenta Dilma Rousseff deve ser conhecido em 21 dias. Um dos desafios será a participação na Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), em meados de fevereiro, em Lima (Peru).
A prioridade do fórum é a aproximação dos líderes das duas regiões – nas áreas política, econômica e cultural. Será a primeira reunião com vários chefes de Estado e de governo em que Dilma participará como presidenta.
De acordo com assessores, a presidenta pretende caracterizar o discurso político internacional na defesa dos direitos humanos e na superação das desigualdades na área econômica e comercial. A ideia é manter o respeito pelas diferenças culturais, sem deixar de lado o que para o governo brasileiro é fundamental – a preservação das garantias dos direitos dos trabalhadores, das mulheres e das crianças.
Além dos países latino-americanos, Dilma incluiu na agenda visitas aos Estados Unidos, que deve ocorrer em março, à China, prevista para abril, e à Bulgária, em junho. No caso da conversa com o presidente norte-americano, Barack Obama, as negociações começaram logo depois da eleição da presidenta.
Nas viagens à América do Sul, Dilma encontrará um ambiente de disputa eleitoral. Na Argentina, há eleições em outubro. No Peru, as eleições presidenciais ocorrerão em abril. Pelo menos quatro candidatos tentarão suceder o atual presidente Alan Garcia. São eles: Luis Castillo e Alejandro Toledo, além de Keiko Fujimori (filha do ex-presidente Alberto Fujimori) e Ollanta Humala.
No Paraguai e Uruguai, as visitas terão o tom de manutenção das relações bilaterais. Na cerimônia de posse, Dilma conversou demoradamente com os presidentes Fernando Lugo (do Paraguai) e José Pepe Mojica (do Uruguai). Mojica e a mulher Lucía são amigos da presidenta. O casal uruguaio participou de grupos de combate à ditadura e tem uma história de luta em favor dos direitos humanos.
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