Topo

PSOL pede que Corregedoria da Câmara investigue deputada Jaqueline Roriz

Da Agência Câmara

Em Brasília

10/03/2011 15h56Atualizada em 10/03/2011 16h14

O presidente do PSOL no Distrito Federal, Antonio Carlos Andrade, e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) entregaram na tarde desta quinta-feira (10) ao presidente da Câmara, Marco Maia, ofício em que pedem que ele encaminhe ao corregedor da Casa, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), um pedido de investigação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).

Na última sexta-feira (4), foram divulgadas imagens que mostram a deputada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM.

O ofício é assinado por Antonio Carlos e pelo líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), e foi entregue ao presidente Marco Maia porque o corregedor está em viagem ao exterior.

Jaqueline Roriz ainda não se pronunciou sobre as denúncias.

Declaração de bens

No ofício, o PSOL pede que a Corregedoria Parlamentar apure “eventual desobediência [de Jaqueline Roriz] ao dever fundamental de respeitar e cumprir a Constituição, as leis e as normas internas da Casa.”

O partido quer também que a Corregedoria analise a declaração de bens apresentada pela deputada à Câmara e a situação do processo em que ela é acusada de receber propina para aprovação do Plano Diretor do Distrito Federal. O processo está em curso na Justiça do DF. “Uma parlamentar que foi pega em um ato daquela natureza não pode estar no convívio do Congresso Nacional”, disse o presidente do PSOL-DF.

Tanto o presidente da legenda quanto o senador Randolfe Rodrigues apostam em uma mudança de atitude do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que considera que qualquer investigação deve ser limitada aos atos praticados durante o mandato.

O senador lembra que, em 2007, o então senador Joaquim Roriz, pai da deputada, renunciou ao cargo antes que o Conselho de Ética do Senado iniciasse investigações de denúncias contra ele, ocorridas antes do início do seu mandato. “Como tem um precedente no Senado, creio que a Câmara poderá analisar o caso da mesma forma. Estamos aqui fazendo a provocação”, disse o senador.