Alencar ganhou muitos anos de vida com tratamento contra o câncer, diz médico
Velório já recebeu 4.200 pessoas
As 17 cirurgias e a quimioterapia para enfrentar o câncer alongaram em “muitos anos” a sobrevida do ex-vice-presidente José Alencar, que morreu na quarta-feira (29) . É essa a avaliação do médico Raul Cutait, que comandou a equipe do hospital Sírio-Libanês no tratamento do político e empresário mineiro nos últimos cinco anos.
“As pessoas falam que ele infelizmente morreu pela doença. Morreu, mas ele ganhou muitos anos em uma doença que teria, talvez, tirado a vida dele lá atrás”, disse Cutait depois de prestar as últimas homenagens a Alencar no Palácio do Planalto, onde o corpo está sendo velado desde a manhã desta quinta-feira (30).
Minutos antes da morte do ex-vice-presidente, Cutait já dizia que ele se preparava “para descansar”, após quase 14 anos de combate contra a doença, incluindo tratamentos experimentais nos Estados Unidos e mais de 100 dias de internação nos últimos anos. “Foi uma convivência de muitos anos, de muita doação de ambos os lados. Foi uma experiência gratificante como médico”, disse.
Alencar recebe homenagens durante velório em Brasília
Para Cutait, a vida de Alencar se alongou por conta da dedicação do ex-vice-presidente ao tratamento. "Ele tinha a fé de que as coisas iam dar certo e a esperança de que tudo teria que seguir pelo melhor caminho”, afirmou ele, que sentiu ter aprendido lições do político mineiro. “Os médicos aprendem com seus pacientes. [Com ele] eu aprendi que a gente tem que escutar bem.”
Cutait também é médico da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda são esperados em Brasília nesta noite para participar da segunda missa de corpo presente do dia.
O caixão deve ser levado a Belo Horizonte na manhã de quinta-feira (31). Mais de 4.000 pessoas já renderam homenagens a Alencar no Palácio do Planalto.
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