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Parlamentares tucanos dizem não se surpreender com saída de Feldman e negam enfraquecimento da legenda

Camila Campanerut <br>Do UOL Notícias <br>Em Brasília

26/04/2011 10h09

Lideranças do PSDB do Congresso Nacional afirmaram ao UOL Notícias que não se surpreenderam com a saída da legenda do secretário de Esportes e Lazer do município de São Paulo, Walter Feldman, anunciada nesta segunda-feira (25).

"Já há algum tempo, ele [Feldman] dava sinais de falta de motivação. Fiquei sabendo da decisão dele ontem aqui por meio de outros deputados", afirmou o presidente nacional do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra (PE).

Para o líder peessedebista na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP), a saída de um dos fundadores da legenda era prevista e é um reflexo da derrota dele nas eleições do ano passado, quando concorreu como deputado. " A saída dele é como a de quem já estava com o passaporte carimbado, mas não tinha passado pela alfândega", comparou.

Duarte citou que a postura "dissidente" de Feldman se revelou em nas eleições municipais de 2008, quando Feldman e vereadores apoiaram a eleição do prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM), contrariando o PSDB que apoiava a Geraldo Alckmin.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, classificou como "normal" a decisão de Feldman sair do partido e, possivelmente, integrar o recém-criado PSD, do prefeito Kassab.

"Não há enfraquecimento do PSDB em São Paulo.O partido tem força. Não é pela saída de seis vereadores e um deputado [se referindo a Feldman] que se mede a força de partido nem apenas pelos detentores de mandato", argumentou Dias.

Os outros dois parlamentares também negaram que as baixas na sigla sejam sinônimo de racha no partido.

Um dos fundadores do PSDB, Feldman ainda não informou sobre seu destino político, mas deverá acompanhar a organização da Olimpíada de 2012, em Londres, pela prefeitura de São Paulo.