Prefeito e primeira-dama de Taubaté recebem habeas corpus e deixam prisão
O prefeito de Taubaté (SP), Roberto Peixoto (PMDB), e a primeira-dama da cidade, Luciana Peixoto, receberam um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça na tarde desta sexta-feira (24). Eles estavam detidos na sede da Polícia Federal desde a terça-feira (21) acusados de envolvimento em fraudes em licitações para a compra, gerenciamento e distribuição de medicamentos e merenda escolar por meio de empresa registrada em nome de laranjas.
Veja como foi a prisão
Os presos são acusados de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, além de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Eles devem deixar a prisão ainda hoje.
De acordo com Erich Castilhos, um dos advogados do prefeito, o STF entendeu que a prisão “foi abusiva”. “Não houve nenhuma prova apresentada para que pudesse se sustentar a prisão. Não havia evidências. O prefeito e a primeira-dama sequer foram ouvidos. Diante destes fatos, o STJ julgou procedente nosso pedido”, afirmou.
O delegado responsável pela Operação Urupês, Ricardo Carneiro, que deteve o casal e o antigo chefe do departamento de compras e licitações da prefeitura, Carlos Anderson, disse no dia das prisões que, em cerca de 60 dias, se concluirão as investigações e mais pessoas podem ser presas.
A denúncia que levou a investigação, iniciada em 2009, partiu do ex-funcionário da prefeitura de Taubaté Fernando Gigli, que chegou a ser ameaçado de morte.
Em seu depoimento, Gigli relatou, entre outras coisas, que o prefeito comprou um apartamento em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, com dinheiro de propina.
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