Líder do PR na Câmara pede ao Planalto tratamento igual para outros partidos
Em conversa com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o líder do PR na Câmara dos Deputados, Lincoln Portela (MG), expôs na noite desta segunda-feira (1º) que a legenda espera que as denúncias de corrupção em outros ministérios tenham o mesmo rigor que houve na pasta dos Transportes --dominada pelo PR-- e que teve, até o momento, 22 funcionários afastados.
“A partir do momento em que há uma balança, a balança pesa para todos. Isso não é um desejo do PR, mas da nação brasileira que quer que haja uma só balança nos julgamentos de denúncias dentro dos ministérios no governo”, afirmou o deputado federal.
Para Portela, deverá haver investigações e, se necessário, demissões em ministérios dominados pelo PMDB (Agricultura e Minas e Energia), PT (Desenvolvimento Agrário) e PP (Cidades) --denunciados nas últimas semanas por irregularidades.
“Não trabalho citando nomes ou partidos. Meu posicionamento é que a presidente da República tenha um só comportamento em relação a todos os ministérios”, declarou o parlamentar.
Portela nega ainda que seu partido esteja sugerindo nomes para ocupar os postos vagos depois das baixas no ministério dos Transportes, incluindo o ex-titular, o senador Alfredo Nascimento, que também é o presidente nacional do PR.
Na conversa desta tarde, Portela e o vice- líder do governo na Câmara, Luciano Castro (PR-RR), ouviram de Ideli as prioridades de votação para este semestre, que o governo federal pretende ter o apoio do PR para aprová-las.
A legenda aliada conta, atualmente, com 42 parlamentares na Câmara e seis no Senado.
Mais cedo, os líderes do governo no Congresso, Mendes Ribeiro (PMDB-RS); do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR); e da Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) também se reuniram com Ideli Salvatti e com a presidente Dilma Rousseff para tratar da agenda do Legislativo.
Indagado sobre o porquê da audiência do PR ser separada, Portela reiterou que há um esforço para se restabelecer as relações do PR com o governo --que escolheu Paulo Sérgio Passos (PP) para comandar os Transportes, à revelia do partido dele.
"Paulo Passos é uma indicação pessoal da presidente da República, da cota dela".
“Não há uma questão de estremecimento das relações. Há focos de insatisfação dentro do partido que poderão ser curados com o tempo ou quem sabe não ser curados mais”, afirmou o deputado mineiro.
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