PMDB deixa para Dilma escolher novo ministro entre 79 deputados da legenda na Câmara
A bancada do PMDB na Câmara decidiu hoje (14) que a presidente Dilma Rousseff escolherá entre os 79 deputados que integram a legenda na Casa quem será o substituto de Pedro Novais no Ministério do Turismo --o único que está fora da lista é o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que confirmou a informação. Segundo ele, a expectativa é que o nome do substituto seja anunciado até amanhã.
“Qualquer nome que ela escolher terá a nossa aprovação. O nome que ela escolher será merecedor do apoio da bancada do PMDB, estamos indicando 79 nomes. O compromisso claro da presidente é a escolha de um deputado da bancada. Acho que o nome sai até amanhã”, disse o líder.
Alves disse apenas que conversou com alguns deputados federais e que foi tomada a decisão. A lista com todos os nomes dos deputados que integram a bancada na Câmara será apresentada, inicialmente, ao vice-presidente Michel Temer, que levará a relação para Dilma. É a segunda reunião em menos de cinco horas.
Ao mencionar a renúncia do ex-ministro Pedro Novais do cargo, Alves disse que foi uma decisão que facilitará sua defesa. “O ministro Pedro Novais saiu [do Ministério do Turismo] para se defender das acusações e ele entendeu que fora do ministério ele terá mais tempo para isso."
Antes de convocar a conversa com a bancada, Alves se reuniu com Novais e Temer, na Vice-Presidência da República que fica no Palácio do Planalto. O comando do PMDB decidiu aguardar o retorno de Temer hoje de São Paulo –onde estava se tratando de uma infecção alimentar– para decidir sobre a situação de Novais, suspeito de uso irregular de recursos públicos.
A situação do ministro se complicou após as reportagens publicadas pelo jornal "Folha de S. Paulo" que mostram o uso de recursos da Câmara para pagar sua governanta e que sua mulher, Maria Helena de Melo, utilizava os serviços de um motorista da Câmara.
Novais já havia enfrentado suspeitas de desvios em sua pasta, esquema investigado pela Operação Voucher da Polícia Federal. Nessa operação, mais de 30 pessoas foram presas e afastadas da pasta, mas o ministro foi mantido no cargo.
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