Câmara abrirá sindicância para apurar se Lupi acumulou cargos, diz Maia
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse nesta quinta-feira (1º) que abrirá sindicância para apurar se o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), acumulou dois cargos públicos simultaneamente.
Reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” informou que Lupi foi assessor parlamentar na Câmara dos Deputados, em Brasília, e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro ao mesmo tempo entre dezembro de 2000 e novembro de 2005.
"As regras permitiam a existência de funcionários da Câmara dos Deputados em outros Estados. Isso hoje já não é mais possível, mas naquela oportunidade era”, afirmou Maia.
“Mas hoje fomos informados de que havia uma segunda contratação. A sindicância vai ajudar a apurar se de fato isso aconteceu ou não."
Dilma mantém ministro
Na manhã de hoje, a presidente Dilma Rousseff decidiu manter o ministro no cargo nesta quinta-feira (1º), um dia após a recomendação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República para que ela o exonerasse por causa de uma série de denúncias de irregularidades na pasta e contra ele.
Dilma solicitou à comissão um informe detalhado sobre as razões que levaram à recomendação da exoneração de Lupi. O pedido foi feito após um encontro entre os dois no Palácio do Planalto na manhã de hoje.
De acordo com a ministra Helena Chagas (Comunicação Social), Lupi também pedirá à comissão que reconsidere o parecer sobre ele. Nesse caso, o órgão terá um prazo de dez dias para responder.
Antiética
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que a decisão da presidente Dilma de manter Lupi no cargo é antiética. O partido defende a imediata demissão do ministro.
“Mantendo Lupi no cargo, a presidente ignora uma recomendação unânime de um órgão auxiliar da Presidência da República responsável por zelar pela imagem do governo. É uma postura antiética. Na prática, Dilma está demitindo a Comissão Ética”, declarou Bueno.
*Com informações da Agência Câmara, em Brasília
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