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Arlindo Chinaglia é o novo líder do governo na Câmara

Do UOL, em São Paulo

13/03/2012 17h11Atualizada em 13/03/2012 17h28

O porta-voz do Palácio do Planalto, Thomas Traumann, confirmou na tarde desta terça-feira (13) que o novo líder do governo na Câmara será o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) deixou o cargo nesta manhã. Também foi anunciado que o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) será o novo líder do governo no Senado no lugar de Romero Jucá (PMDB-RR).

O porta-voz informou, ainda, que a presidente Dilma Rousseff agradeceu o trabalho de Jucá e Vaccarezza em seus cargos e afirmou que "continua contando com eles na base de apoio ao governo".

A crise política que levou às substituições dos líderes do governo no Senado e na Câmara pelos deputados adiou os projetos do novo Código Florestal e da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014 nesta terça-feira (13). Os relatores das iniciativas esperam que elas passem pelo plenário na semana que vem.

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Há duas semanas, mais de 50 deputados do PMDB assinaram uma lista sugerindo mais independência em relação à presidente Dilma Rousseff (leia-se: mais cargos). Na semana passada, o governo foi derrotado no Senado na tentativa de reconduzir ao cargo o diretor da ANTT (gência Nacinal de Transportes Terrestres).

“Se é difícil botar quando todos estão de acordo, imagine agora”, disse o deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da Lei Geral da Copa.

O texto, que é exigência da Fifa para realizar o Mundial de futebol no Brasil, sofre atrasos desde o ano passado e ainda tem de ser votado no Senado.

O relator do novo Código Florestal na Câmara, deputado Paulo Piau (PMDB-RS), disse que a saída dos líderes, cujos substitutos não foram anunciados pelo Palácio do Planalto, é o principal empecilho para uma votação. “O meu texto está pronto. O imbróglio político é o único fator impeditivo”, afirmou.

Mais cedo, Dilma fez uma rara aparição no Congresso para receber uma homenagem. O objetivo da visita foi arrefecer as tensões com a base aliada.

O PMDB quer ampliar sua cota atual de cinco ministérios ou trocar alguns deles por pastas com mais recursos. Já o PT busca segurar seus 16 cargos de primeiro escalão e manter sua posição no Congresso.