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Aliados de Marconi Perillo tentam impedir criação de CPI da Segurança Pública em Goiás

Governador de Goiás, Marconi Perillo, nega envolvimento com Carlinhos Cachoeira - Alan Marques/Folhapress
Governador de Goiás, Marconi Perillo, nega envolvimento com Carlinhos Cachoeira Imagem: Alan Marques/Folhapress

Rafhael Borges

Do UOL, em Goiânia

12/04/2012 15h43

Deputados da base aliada do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), tentam impedir a abertura no Estado da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Segurança Pública para investigar se há envolvimento de parlamentares goianos com a máfia dos caça-níqueis, que seria chefiada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Falta apenas uma das 14 assinaturas necessárias para a abertura dos trabalhos. O objetivo é apurar as denúncias de contravenção, crime organizado e formação de quadrilha contra as os citados no inquérito da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, entre eles, parlamentares goianos.

As assinaturas começaram a ser recolhidas há aproximadamente duas semanas. O líder da oposição na casa, Francisco Gedda (PTN), afirmou que estão circulando com o requerimento e conversando com alguns deputados que nem sempre votam com o Governo. “A situação está amarrando para que a CPI não aconteça, mas quem não deve não teme”.

Ele lembrou que, quando foram abrir a CPI para investigar as contas do ex-governador Alcides Rodrigues (PP), no ano passado, foi muito rápido, e mais de 30 assinaram. “Agora, para investigar alguns deles a coisa complica. Provavelmente é por que tem gente grande envolvida no esquema”.

Outro lado

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB), disse acreditar que a oposição não conseguirá a assinatura que falta. Ele informou ainda que os governistas começaram a preparar outra CPI, com finalidades parecidas.

“Todas as pessoas físicas e jurídicas envolvidas na Operação Monte Carlo serão alvo das averiguações desta CPI”, disse o governista Valin. Gedda, da oposição, rebate: “Nós vamos conseguir, sim, é só uma questão de tempo”.