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Presidente do PT defende Vaccarezza por mensagem a Cabral

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

18/05/2012 17h47

O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi defendido nesta sexta-feira (18), em Porto Alegre, pelo presidente do partido, Rui Falcão. Para o dirigente, as explicações que o parlamentar deu sobre a mensagem enviada ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, durante sessão da CPI do Cachoeira foram “perfeitamente razoáveis”.

SBT flagra mensagem de Vaccarezza para Cabral

“Reafirmamos que não há nenhum interesse dos deputados e senadores do PT em fazer qualquer tipo de blindagem [à CPI]”, declarou Falcão, no final do encontro do Diretório Nacional do PT.

Reportagem do “SBT” que foi ao ar ontem (17) flagrou Vaccarezza enviando uma mensagem de texto pelo celular a Cabral durante uma reunião da CPI. Na mensagem, o deputado escrevia: "A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu [sic]".

Para o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), o episódio não vai influenciar nos andamentos da comissão. “O deputado Vacarezza é sempre muito espontâneo, fala o que pensa, age da forma como bem entende. Faz parte do seu comportamento. O importante é que se dê oportunidade ao deputado de explicar as circunstâncias em que ele se comunicava com o governador Sérgio Cabral. Mas ele é livre para conversar e tratar sobre os assuntos que bem entender com quem bem entenda.”

Maia voltou a criticar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello, que concedeu um habeas corpus impedindo que Cachoeira depusesse nesta terça-feira (15) na CPI. “A posição tomada pelo ministro foi um pouco precipitada. O Cachoeira, ao ser convocado a ir na CPI, não estava sendo convocado como réu, mas como testemunha, inclusive para definir os rumos que a comissão deve tomar. Mas não há nenhuma possibilidade de o Cachoeira não depor na CPI, até porque haverá acareações.”

O deputado defendeu também que quem foi flagrado pelas investigações em contato suspeito com o empresário seja convidado a depor. “A [revista] Veja, como qualquer outro integrante da imprensa, se enquadra no mesmo caso dos políticos e membros da iniciativa privada. O importante é que a CPI investigue os contatos do Cachoeira, estejam eles no setor público, no privado, ou qualquer outro organismo do Estado brasileiro”, defendeu Maia.