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Subprefeito de Cunha (SP) é morto a tiros na porta de casa, polícia descarta crime político

Elizânio Silva

Do UOL, em São José dos Campos (SP)

25/06/2012 14h20Atualizada em 18/09/2015 18h32

O subprefeito de Campos Novos de Cunha, distrito de Cunha (225 km de São Paulo), João Alves de Siqueira (PV), mais conhecido como João Lucindo, de 48 anos, foi assassinado na noite desse domingo (24).

De acordo com informações da Delegacia Seccional de Guaratinguetá, a vítima foi baleada por volta das 18h40 em frente da casa em que morava. Siqueira foi socorrido e encaminhado à Santa Casa da cidade, mas morreu ao dar entrada no hospital.

De acordo com o boletim de ocorrência, não foi possível precisar o número de tiros disparados contra o subprefeito, já que a perícia não encontrou cápsulas, o que leva a crer que os tiros partiram de um revólver, não de uma pistola.

Também não havia testemunhas perto do local do crime, já que o distrito fica na zona rural da cidade, distante 20 km do centro. A delegada Seccional de Guaratinguetá descartou a possibilidade de o crime ter cunho político.

O delegado titular do município de Cunha (225 km de São Paulo), José Marcelo Silva Hial, afirmou já ter dois suspeitos de atirar e matar o subprefeito de Campos Novos de Cunha, João Alves de Siqueira, nesse domingo (24). Um deles está foragido, o que reforça a suspeita da polícia.

Para o delegado falta apenas o depoimento de uma testemunha que possa confirmar o crime. “Tenho 99% de certeza da autoria, estou aguardando apenas algum depoimento que confirme a nossa suspeita”. De acordo com o delegado, alguém deve ter presenciado o crime já que um bar próximo à casa do subprefeito estava lotado de populares.

A região onde o crime aconteceu é muito complexa de se trabalhar, pois está na zona rural e tem acessos para várias cidades da região, como Lorena e Silveiras.

Questionado sobre quantos tiros a vítima recebeu, o delegado foi categórico. “Só vou poder precisar quando receber o laudo do IML. A arma utilizada foi um revólver calibre 32, porém só o exame necroscópico pode dizer quantos tiros ele recebeu, pois havia dois tiros muito próximos”, disse. O laudo do IML deve ser liberado daqui a cinco dias.

O delegado afirmou também que por ser responsável pelo distrito, João Alves Siqueira se indispôs com algumas pessoas e teria se envolvido em brigas com populares. Por conta disso, a Polícia trabalha com a hipótese de vingança, uma vez que, o crime de cunho político está descartado.

João Alves de Siqueira era pecuarista, casado, pai de três filhos e atuava como subprefeito havia dois anos.