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Ex-segurança de Demóstenes deve prestar depoimento à CPI do Cachoeira na próxima 4ª

Do UOL, em São Paulo

09/08/2012 17h13

A CPI do Cachoeira marcou para a próxima quarta-feira (15) o depoimento de Hillner Braga Ananias, o ex-segurança do ex-senador Demóstenes Torres (GO). A comissão investiga as relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados.

Ananias teve o nome citado em ligações gravadas pela Polícia Federal durante as investigações da operação Monte Carlos, que resultou na prisão de Cachoeira, em fevereiro deste ano. Ananias trabalhou quase sete anos para Demóstenes, que teve o mandato cassado depois de ser acusado de envolvimento com o contraventor.

Na opinião do senador Pedro Taques (PDT-MT), autor do requerimento de convocação do ex-segurança, as gravações apontariam que Ananias tinha como hábito ir à casa de Cachoeira pegar dinheiro em espécie. A convocação do ex-segurança foi aprovada em meados de junho.

Os parlamentares tentarão ouvir também o policial aposentado Aredes Correia Pires, ex-corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública de Goiás. Segundo a PF, ele teria recebido um dos aparelhos de rádio distribuídos por Cachoeira na tentativa de evitar grampos.

Ainda na quarta-feira, outros dois convocados poderão ser ouvidos: o ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula, e a empresária Rosely Pantoja, que não foi localizada para prestar o depoimento previsto para o dia 3 de julho.

Segundo a PF, a Alberto & Pantoja Construções é uma empresa de fachada usada por Cachoeira para lavar dinheiro da construtora Delta. No caso do ex-presidente do Detran, ele aparece em conversas telefônicas gravadas garantindo o repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira. Também há suspeitas de que ele teria sido indicado para o cargo pelo contraventor.

Requerimentos

Na terça (14), os integrantes da CPI vão votar requerimentos de convocação. Na pauta, pedidos para que seja ouvido pela segunda vez o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o ex-governador Iris Resende. Também podem ser analisados requerimentos para que sejam ouvidos o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o jornalista da revista Veja Policarpo Júnior.

(Com Agência Câmara e Agência Senado)