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Vereadora desaparece logo após a posse no Paraná; polícia trata caso como sequestro

Rafael Moro Martins

Do UOL, em Curitiba

02/01/2013 15h31

A vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT) desapareceu logo após tomar posse no cargo nesta terça-feira (1.º) em Ponta Grossa, cidade de 317 mil habitantes a 103 km de Curitiba. Segundo um assessor, ela ligou a familiares para avisar que foi sequestrada.

Desaparecida

  • Divulgação

    Professora Ana Maria (PT) pode ter sido sequestrada, diz polícia

O esquadrão antissequestro da Polícia Civil paranaense, conhecido como Grupo Tigre, está na cidade. “Estamos trabalhando no caso”, disse, ao UOL, o comandante do grupo, o delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura. “Mais nenhuma informação será dada até a conclusão do trabalho.”

Também ao UOL, o assessor parlamentar de Ana Maria, Ismael de Freitas, informou no início da tarde desta quarta (2) que o segurança que acompanhava a vereadora quando ela teria sido sequestrada teria sido preso pela manhã.

“Soubemos que ele foi preso e levado à delegacia para prestar esclarecimentos”, disse Freitas. “Não confirmo a prisão”, afirmou o delegado, que, entretanto, não desmentiu a informação.

Direto para casa após posse

Ana Maria, que é professora e foi reeleita para o cargo de vereadora, participou da solenidade de posse, realizada num teatro no centro de Ponta Grossa, no início da tarde. Dali, seguiria para casa.

“No caminho, o carro dela foi abordado por um outro veículo, segundo o segurança. Ele disse que homens desceram armados e a levaram, depois de furarem os pneus do carro dela”, relatou Freitas. “Momentos depois, ela telefonou ao filho dizendo que tinha sido sequestrada, mas que estava bem.”

O assessor não descarta motivação política para o possível sequestro. Ana Maria é prima do deputado estadual Péricles de Mello (PT), que já foi prefeito de Ponta Grossa e foi derrotado por menos de 1.700 votos por Marcelo Rangel (PPS) na última eleição para a prefeitura, em outubro passado.