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PPS pede convocação de Rosemary Noronha ao Congresso

Da Agência Câmara, em Brasília

08/01/2013 17h50

O PPS pediu a convocação da Comissão Representativa  do Congresso Nacional para cobrar explicações, do Ministério da Fazenda, sobre suspeitas de irregularidades praticadas por Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo.De acordo com a Secretaria-Geral da Mesa do Congresso, o requerimento do PPS precisa ser lido em sessão, mas ainda não há data prevista para convocação da Comissão Representativa.

Rosemary Noronha foi acusada de integrar um esquema de venda de pareceres em órgãos do governo federal, conforme investigações da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Ela está proibida de deixar o País. Segundo denúncias publicadas pela imprensa, Rosemary teria se envolvido em negociações para definir diretorias do Banco do Brasil e do fundo de pensão dos seus funcionários; e teria atuado na compra do banco Nossa Caixa pelo BB.

Sigilos

Nesta quarta-feira (9), o PPS vai pedir ao Ministério Público  Federal em São Paulo a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Rosemary. O líder do partido, deputado Rubens Bueno (PR), disse que a medida é necessária para esclarecer se ela realmente cometeu tráfico de influência.

"Ninguém está acusando ninguém, mas é preciso investigar para dar, ao ex-presidente Lula, condições de não ser permanentemente acusado de participar de negociações como essas”, disse o líder. “Rosemary Noronha era pessoa da intimidade do ex-presidente da República. Basta ver as viagens internacionais em missões oficiais; foram dezenas de viagens em que ela participava junto com o presidente não só de negociações internas e externas, mas também de posses de chefes de Estado", acrescentou Bueno.

Para o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), não há necessidade de convocar a Comissão Representativa do Congresso: "Nós já discutimos esse assunto no semestre passado e todos os requerimentos foram derrotados. A oposição não tem bandeira, não tem agenda, não tem pauta, e fica se aproveitando dessas coisas para tentar desviar as atenções da discussão política sobre a economia que o governo está fazendo."