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Líder do PSC diz estar pronto para ouvir proposta sobre situação de Feliciano

Camila Campanerut

Do UOL, em Brasília

26/03/2013 21h45Atualizada em 27/03/2013 00h01

O líder do PSC na Câmara, deputado André Moura (SE), afirmou na noite desta terça-feira (26) que a legenda ouvirá a proposta dos líderes dos demais partidos na Casa Legislativa, incomodados com polêmica provocada pela manutenção do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

"Não mudou nada. Nunca fui intransigente para ouvir. Estou flexível para ouvir meus colegas e o presidente da Casa e, naturalmente, a decisão final é uma prerrogativa do PSC. E disso não vamos abrir mão", disse Moura ao sair da reunião dos líderes partidários com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Por acordo firmado entre os partidos representados na Câmara, o PSC garantiu o direito de indicar o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

Segundo o regimento interno da Casa Legislativa, o presidente da Câmara dos Deputados não pode destituir um presidente de comissão, que foi votado pelos integrantes da comissão em questão.

A reunião continua e a proposta, que deve ter apoio da maioria dos presentes, será apresentada na manhã da quarta-feira (27)  ao líder do PSC.

"Não é uma proposta de troca. É uma busca de entendimento, como o presidente Henrique tem feito nos últimos dias", completou Moura.

Moura mostrou estar aberto ao diálogo quando questionado se a bancada e a executiva da legenda estariam dispostos a mudar a decisão que tomaram mais cedo, de manter Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

"O PSC é um partido democrático. Se receber um apelo dos meus colegas, temos que ver a proposta de amanhã, para pelo menos ouvir o que eles têm a sugerir".

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PSOL defende esvaziamento da comissão

O líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), deixou a reunião das lideranças logo após a saída de Moura e disse aos jornalistas presentes que "até o momento, uma das propostas discutidas pelos demais líderes parlamentares é a de esvaziar a comissão, com cada partido retirando os seus integrantes, para que ela perca sua representatividade."

Na avaliação de Valente, a nota lida mais cedo pelo PSC pressionou os partidos da base aliada do governo, em especial o PT. No documento, o PSC se referiu ao apoio que dá ao Partido dos Trabalhadores, que data da primeira campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989.

O líder do PSOL disse ainda que, segundo suas contas, doze dos líderes presentes à reunião são contra a presença de Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.