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Análise: Para ganhar, Marçal vai ter que destruir todo exército de Nunes

Pablo Marçal (PRTB) vai precisar destruir todo exército de Ricardo Nunes (MDB) e pegar seu voto bolsonarista para ganhar a disputa pela Prefeitura de São Paulo, afirmou o cientista político e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Fernando Abrucio durante entrevista no UOL News 2ª Edição desta quarta-feira (11).

Nunes, Marçal e Boulos (PSOL) estão tecnicamente empatados na última pesquisa Quaest.

A candidatura do Marçal, se a gente olhar com cuidado as pesquisas, teve um grande crescimento no período de um mês, mas agora parou de crescer. Isso não quer dizer que ele não possa crescer mais, não dá para saber se é o teto dele. Temos ainda muito tempo de campanha. Em política, quando surge um fato novo em uma eleição tão disputada, um fato novo pode mudar.
Fernando Abrucio, cientista político e professor da FGV

A verdade é que o Marçal está sentindo três coisas importantes: primeiro, o tempo de TV do Ricardo Nunes é um empecilho para o Marçal; segundo, quanto mais ele se tornou conhecido, menos ele cresce — quanto mais conhecido, mais cresceu sua rejeição —, então, para o Marçal expor-se demais pode ser um problema; terceiro, o Marçal tem dificuldade com os eleitores mais pobres. Fernando Abrucio, cientista político e professor da FGV

Talvez até uma parte da Faria Lima vote no Marçal, mas os eleitores mais pobres, a despeito do discurso dele de prosperidade, nesse momento -- é uma fotografia a pesquisa -- não gosta do Marçal. Diante disso, a grande chance do Marçal ir para o segundo turno é tentar destruir [todo o exército] do Ricardo Nunes para tirar todo voto bolsonarista do Ricardo Nunes.
Fernando Abrucio, cientista político e professor da FGV

Abrucio avalia que a chance de Marçal está no esvaziamento do bolsonarismo, que hoje está ao lado de Ricardo Nunes.

Se o Ricardo Nunes é uma soma de votos de eleitores que votaram no Lula em 2022 e quase 1/3 de eleitores do bolsonarismo, a chance do Marçal é esvaziar o bolsonarismo do Nunes. Não é fácil. Não é fácil porque uma parte do bolsonarismo está com o Ricardo Nunes graças aos vereadores, que (...) disseram 'esse é meu candidato, o outro candidato é bandido e só tem chance de ganhar do Boulos o Ricardo Nunes, e nossa tarefa como direito é ganhar do Boulos'. A tarefa do Marçal é esvaziar fortemente a candidatura do Nunes, só lhe cabe isso.
Fernando Abrucio, cientista político e professor da FGV

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