Topo

Cachoeira se livra de audiência federal sobre venda de casa de Perillo em Goiânia

Cachoeira sai de delegacia em Taguatinga (DF) - Sergio Lima/Folhapress
Cachoeira sai de delegacia em Taguatinga (DF) Imagem: Sergio Lima/Folhapress

Lourdes Souza

Do UOL, em Goiânia

17/04/2013 10h23

Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, não irá testemunhar nesta quarta-feira (17), em audiência na 5ª Vara Federal, às 14h, em Goiânia. A audição será feita pelo juiz federal Alderico Rocha Santos, que condenou Cachoeira a 39 anos e 8 meses de prisão devido ao crimes denunciados pela Operação Monte Carlo.

Um pedido feito pelo advogado do contraventor, Nabor Bulhões, foi aceito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que o excluiu da lista de testemunhas. Outras pessoas foram intimadas: o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu; o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcêz (PSDB), o ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) Edivaldo Cardoso e outros envolvidos na venda de uma casa do governador num condomínio de luxo em Goiânia.

A audiência integra as investigações do STJ no inquérito que apura suposta relação entre Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu novas diligências, como os depoimentos.

Segundo o advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, os fatos apurados são referentes a Carlos Cachoeira e, por esse motivo, o mesmo não se enquadra na posição de testemunha. Caso haja outra audiência relacionada ao mesmo inquérito, Cachoeira fica automaticamente dispensado de depor na condição de testemunha.

Marconi Perillo

O governador Marconi Perillo não participará da audiência e será representado pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o “Kakay”. Ele diz que a escuta de testemunhas é uma etapa das investigações, que foram solicitadas por Perillo ao STJ, no ano passado.

Kakay afirma que este processo é o primeiro que partiu de uma iniciativa de um cliente.  Segundo ele, foi audacioso por parte de Perillo pedir a investigação ao STJ.

Após a conclusão do inquérito, Roberto Gurgel vai decidir se oferecerá ou não denúncia contra Perillo. Se a denúncia for formalizada, o inquérito se transforma em ação penal, e o governador responderá às acusações como réu.