Em depoimento, jornalista diz que PC falava em um novo "amor loiro"
Aliny Gama e Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió
07/05/2013 18h12
O jornalista Joaquim de Carvalho, que escrevia para a revista "Veja" à época do assassinato de PC Farias e Suzana Marcolino, informou em depoimento, nesta terça-feira (7), que tinha como fonte o PC e sempre se telefonavam para trocar informações. Pouco antes do assassinato, ele relembra que telefonou para PC para “saber as novidades” e PC disse que estava com um relacionamento com outra pessoa, supostamente a empresária Cláudia Dantas.
“Ele disse que a novidade era um novo amor que tinha surgido e esse amor era loiro. Logo iria apresentar, mas antes teria de se resolver com Suzana”, disse o jornalista.
A Justiça intimou o jornalista por ele ter feito uma grande cobertura jornalística pela "Veja". Ele escreveu um livro sobre o caso.
"República das Alagoas"
Carvalho afirmou que a mídia nacional observava que Alagoas tinha destaque pelo lobby do governo Collor.
“Nos chamava a atenção que Alagoas era o segundo menor Estado [do país] e existia muito dinheiro. Ostentavam muito dinheiro com viagens, aviões, casas. O lobby em Brasília sempre chamou muita a atenção da 'Veja'. O Pedro Collor [irmão de Fernando Collor, que denunciou os casos de corrupção no governo do ex-presidente] já estava falando com Paulo César como personagem influente nas finanças do governo Collor”, disse.
Brigas
A cozinheira Irene Maria da Silva França, que preparou o último jantar servido a Paulo César Farias, disse, em depoimento, que o empresário confidenciou que queria acabar o namoro naquele dia.
“Ele me disse que andava brigando muito com dona Suzana, e que queria fazer um jantar para ela para acabar o namoro. Eu aconselhei ele que, se estava brigando muito, era melhor.”