Chance de Vargas renunciar é de 50%, diz líder do PT
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), afirmou na noite desta terça-feira (8) que a chance de o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) renunciar é de “50%”.
Vicentinho convocou uma coletiva especialmente para confirmar que o deputado cogita abrir mão do mandato parlamentar. O líder petista, porém, ressaltou que a decisão caberá exclusivamente a ele.
“Sim, ele está refletindo [sobre a possibilidade de renunciar] e essa decisão cabe estritamente a ele”, afirmou Vicentinho.
Isolado pelo partido, Vargas é acusado de favorecer um doleiro preso pela Polícia Federal. O petista deve decidir o que fará até amanhã à tarde, que é quando o Conselho de Ética se reúne para definir se instaura um processo contra ele. Depois de aberto o processo, não há como interromper as investigações, que tem prazo de 90 dias para serem concluídas.
Ontem, Vargas apresentou pedido de licença não-remunerada de 60 dias do cargo de deputado para poder se dedicar a sua defesa, mas, diante da pressão política, estaria pensando em desistir em definitivo do cargo.
Vicentinho contou que tem mantido contato constante com o deputado, que se diz inocente. “Ele está convencido da sua inocência, quer ter o direito de se defender na Comissão de Ética, tem responsabilidade para sua família, história de vida, de parlamentar”, afirmou.
Embora abertamente digam que não há pressão, nos bastidores, porém, o Palácio do Planalto e a cúpula do PT estariam articulando para evitar que o episódio tenha reflexos nas eleições de outubro.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a cobrar, publicamente, explicações de Vargas sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef para que o PT "não pague o pato".
Vicentinho disse ter conversado também com Lula, que teria reiterado a necessidade de deixar a decisão com Vargas.
“O presidente Lula tem autonomia e autoridade como nosso líder maior para dizer o que pensa. Conversei com ele. Presidente Lula disse que temos de ouvir com respeito, sendo generoso no diálogo, e a decisão será a dele [de Vargas].”
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