PSDB vai escolher peritos para auditoria das eleições até semana que vem

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), diretor jurídico da campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência, anunciou nesta quarta-feira (5) que o seu partido irá indicar até a próxima semana os peritos que farão a “auditoria especial” das eleições.

Ontem (4), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu, por unanimidade, liberar os dados solicitados pelo PSDB para que o partido possa realizar uma fiscalização do processo eleitoral.  A Corte liberou os dados alegando que deve haver “transparência” de todo processo eleitoral, para acabar com qualquer tipo de dúvida sobre a segurança digital das eleições. No entanto, o TSE negou a criação de uma comissão para tal.

O PSDB nomeará de três a cinco especialistas em segurança digital para fazer a análise do processo de votação. Entre os cotados, está o professor de computação Diego Aranha, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que coordenou uma equipe que encontrou falhas no sistema eleitoral em 2012 durante um teste publico promovido pelo próprio TSE.

Não há prazo para conclusão da auditoria, mas Sampaio espera que a análise dos dados seja concluída em até um mês após a nomeação dos técnicos.

“Recebemos a decisão de ontem com muita alegria. Quero deixar bem claro que não duvidamos da segurança do processo. O que queremos é deixar claro que não houve fraude capaz de alterar o resultado das eleições, embora o sistema precise ser aprimorado”, declarou Sampaio.

O PSDB pediu na última quinta-feira (5) a análise da cópia dos boletins de urna de todas as sessões eleitorais do país. Também quer a cópia dos arquivos eletrônicos que compõem a memória de resultados obtidas por cada seção eleitoral e arquivos eletrônicos detalhados, originais e completos, correspondentes à transmissão e ao recebimento de todos os dados de apuração.

A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita na disputa presidencial mais apertada desde a redemocratização do Brasil. A petista derrotou Aécio Neves (PSDB) com 51,64% dos votos válidos (54,5 milhões de votos), enquanto o tucano teve 48,36% dos votos (51 milhões).