Interessa ao governo a estabilidade na disputa pela Câmara, diz Rossetto
O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, disse nesta terça-feira (13) que "interessa ao governo a estabilidade" no comando da Câmara e do Senado, que escolhem seus novos presidentes em fevereiro.
Questionado sobre que nome representaria essa estabilidade --Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ou Arlindo Chinaglia (PT-SP) --, Rossetto não respondeu. "Essa é uma pauta do Congresso, das bancadas e dos partidos."
Em café da manhã com jornalistas, Rossetto defendeu que o governo discuta novamente com o Congresso uma proposta de reforma política com participação popular -- referendo ou plebiscito. A proposta já havia sido levantada pela presidente Dilma Rousseff após os protetos de junho de 2013, mas não avançou no Legislativo.
O ministro foi também questionado sobre os cenários para a eleição presidencial de 2018 -- as candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Aloizio Mercadante vêm sendo ventiladas, Rossetto disse apenas que está "150% concentrado em apoiar a presidente Dilma Rousseff" e os novos governos que estão começando.
Sobre a reforma política, o ministro disse que o governo a considera uma "agenda definitiva para a sociedade brasileira". Rossetto citou como possíveis temas que devem ser analisados pelo Congresso o fim do financiamento empresarial de campanhas, que ele considera um modelo "esgotado" e o fim de coligações proporcionais. Ele disse ainda que já está em contato com entidades da sociedade civil, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) para ouvir as propostas a respeito da reforma política.
O ministro considera que deve esperar o novo Congresso tomar posse, em fevereiro, para então encaminhar as propostas. "Até o final de março devemos ter o desenho dessa agenda", declarou.
Questionado pelos jornalistas sobre a crise aberta pela entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP), em que ela critica o PT e vários integrantes do governo, Rossetto afirmou que considera o assunto "superado".
Rossetto declarou ainda que a Secretaria-Geral está preparando um PPA (Plano PluriAnual), em parceria com o Ministério do Planejamento, para ser enviado ao Congresso até agosto. Segundo o ministro, este é um dos exemplos de agenda de reformas que o governo pretende tocar em 2015, "sem perda de direitos".
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