Governo defende aproximação com a sociedade após manifestações
Após os protestos que levaram ao menos meio milhão de pessoas às ruas contra o governo de Dilma Rousseff (PT), o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) defendeu nesta segunda-feira (13) que o governo se aproxime mais da sociedade civil.
“Existe um descontentamento em relação às instituições e é natural da democracia. É importante que a gente possa aproximar a sociedade civil e valorizar a sociedade civil cada vez mais, criando cada vez mais instrumentos de diálogo e de fiscalização da sociedade civil sobre o Estado”, afirmou o ministro.
De acordo com Edinho, o governo encara com normalidade os protestos. “Nós entendemos que dentro de um regime democrático todas as manifestações são legítimas e expressam um sentimento democrático de um país como o Brasil”, declarou.
Ao menos 590 mil pessoas foram às ruas para protestar contra o governo federal e contra a corrupção neste domingo (12) em 24 Estados e o Distrito Federal, de acordo com a Polícia Militar. Os protestos foram menores que os que ocorreram em 15 de março, que reuniram 2 milhões de pessoas, também de acordo com as PMs locais.
Edinho negou que com o número menor de pessoas nas ruas o governo tenha se sentido "aliviado".
“O mais importante é que a gente possa entender o sentimento das ruas para que a gente aprimore cada vez mais o Estado para a sociedade civil.”
O ministro também afirmou que quer conhecer a estrutura da comunicação de cada ministério para unificar os canais de informação do governo. “Informar os feitos do governo não é nenhuma benesse. É uma organização de um governo. Aquilo que o governo faz, ele faz com o dinheiro público. O cidadão tem de saber aquilo que acontece com o seu dinheiro”, disse Edinho.
A presidente ainda não se manifestou após os protestos. Dilma apenas usou seu perfil em rede social ontem para afirmar que "o combate à corrupção é meta constante" de sua gestão.
Ontem, Temer afirmou que o governo "está prestando atenção nas manifestações". A declaração foi dada em Porto Alegre, na saída do velório do ex-senador e ex-ministro Paulo Brossard, que morreu ontem. "Nós temos que estar muito atentos a essas manifestações. O governo está prestando atenção a essas manifestações", declarou o vice-presidente.
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