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Verde e amarelo ou vermelho? País se divide em atos pelas ruas

Manifestações contra e a favor do governo lotaram a avenida Paulista nos dias 13 e 18 Imagem: Marcio Fernandes e Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo/Montagem UOL

Do UOL, em São Paulo

18/03/2016 23h45

Um ano e cinco meses depois das eleições que dividiram o Brasil e deram vitória apertada a Dilma Rousseff, o país vive novamente um racha. Nas manifestações ocorridas nas últimas semanas, multidões vestindo verde e amarelo ou vermelho são o retrato da resposta popular nas ruas ao ápice da atual crise política brasileira.

No domingo (13), o Brasil teve a maior manifestação contra Dilma. Em todos os 26 Estados e o Distrito Federal, milhares de pessoas usaram as cores da bandeira brasileira para pedir o impeachment da presidente. Os atos reuniram 3 milhões de pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. Somente em São Paulo, foram à avenida Paulista 500 mil pessoas, conforme o Datafolha. A PM estimou 1,4 milhão de manifestantes na capital paulista. No ato, ataques ao PT e o apoio ao juiz Sérgio Moro foram duas unanimidades.

Ao longo da semana, com a confirmação da nomeação do ex-presidente Lula como ministro chefe da Casa Civil, novos protestos tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, manifestantes antigoverno chegaram a passar mais de 24 horas na principal avenida da cidade. Nesses dias, oposicionistas também vestiram preto para protestar contra Lula no ministério.

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Idolatrado no domingo (esquerda), juiz Sérgio Moro virou alvo na sexta Imagem: Bernardo Almeida/Lucas Lima/Montagem UOL

Na sexta-feira, foi a vez da multidão vermelha tomar as ruas nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal para apoiar a presidente Dilma, contra o processo de impeachment e a favor da democracia.

Outra vez, a avenida Paulista foi o ponto de encontro com a maior concentração. Milhares de pessoas entoaram gritos de "Não vai ter golpe" e hinos da esquerda, como "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", de Geraldo Vandré. Segundo o Datafolha, 95 mil foram à Paulista. A PM estimou um público de 80 mil às 18h45, auge do movimento, e o PT divulgou que 500 mil estiveram no ato, que teve participação do ex-presidente Lula.

Idolatrado por oposicionistas, o juiz Sérgio Moro virou alvo nos atos de sexta, assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e a Rede Globo.

Imagem: Alessandro Buzas/Alexandro Auler/Estadão Conteúdo/Montagem UOL

No Rio de Janeiro (acima), comando do 19º batalhão da PM, de Copacabana, estimou entre 80 mil e 100 mil o número de manifestantes na orla. Na sexta, o ponto de encontro foi a Praça XV. Segundo os organizadores, cerca de 70 mil pessoas se reuniram no local – não houve estimativa da PM. 

Imagem: Evaristo Sá/AFP/UOL/Montagem UOL

Centro do poder brasileiro, Brasília (acima) também foi palco de atos contra e a favor do governo. Enquanto no domingo o pedido era "Impeachment já", na sexta a resposta foi "Não vai ter golpe". No domingo, a PM estimou em 100 mil o número de manifestantes. Na sexta, a corporação estimou 6 mil pessoas no ato.

Imagem: Anderson Nascimento/Pablo Kennedy/Estadão Conteúdo/Montagem UOL

Em Recife (acima), os cartazes e faixas que atacaram Lula e o PT no domingo, quando 120 mil foram às ruas segundo a PM, deram lugar à defesa do ex-presidente na sexta. Segundo os organizadores, 200 mil foram ao ato pró-governo, enquanto a PM estimou 15 mil. 

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Pelo 2° dia consecutivo, manifestantes anti-Dilma vão às ruas pelo Brasil

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