'Treino é treino, jogo é jogo', diz Serra sobre eleição de Trump nos EUA
Do UOL, em São Paulo
09/11/2016 16h55Atualizada em 09/11/2016 17h12
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, disse nesta quarta (9) que "o jogo começa agora" ao comentar a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA. Antes do pleito, Serra deu declarações públicas criticando o republicano.
"Treino é treino, jogo é jogo. O treino é a campanha. O jogo começa agora", disse o ministro durante pronunciamento a jornalistas em Brasília.
Em julho, Serra disse que não queria nem pensar na hipótese de Trump ser o novo presidente americano. Em entrevista ao programa "Canal Livre", da TV Bandeirantes, Serra disse que não queria sofrer por "antecipação" pensando na vitória do magnata norte-americano e que, caso ele fosse eleito, teria de "ver, pragmaticamente, o que fazer".
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Questionado sobre a possibilidade de Trump ser eleito, Serra comentou à época: "aí a gente vai ter que ver". "Eu não vou sofrer por antecipação. É preciso ser muito masoquista para ficar imaginando que o Trump vá ganhar. Agora, se ganhar, nós vamos ter que ver, pragmaticamente, o que fazer."
Trump mostrou 'face de interlocução', diz ministro
No pronunciamento desta quarta, o ministro disse que o discurso de vitória de Trump "já mostrou uma face que é de interlocução". Segundo Serra, o embaixador do Brasil nos EUA, Sérgio Amaral, vai ajudar o governo a abrir "canais de interlocução" com a equipe de transição do presidente eleito.
"Nós acreditamos que, de ambos os lados, nosso e deles, prevalecerá a determinação de reforçar as relações entre Brasil e EUA. Afinal, somos duas das maiores democracias e economias do mundo", afirmou o chanceler.
Ainda de acordo com o ministro, o fato de o Brasil "não ter estado no centro dos acontecimentos e das discórdias da campanha, do ponto de vista, do pós-eleição, é positivo."
Temer diz que relação não muda
Em entrevista à rádio Itatiaia na manhã desta quarta, Temer disse que a vitória de Trump não muda em nada a relação entre o Brasil e os Estados Unidos.
"Tenho dito que a relação do Brasil com os Estados Unidos e os demais países é institucional, ou seja, de Estado para Estado", comentou. "É claro que o novo presidente [norte-americano] que assume terá de levar em conta as aspirações de todo o povo americano. Tenho certeza que não muda nada na relação Brasil e EUA".