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PF já contou R$ 40 milhões em malas de apartamento atribuído a Geddel

Malas de dinheiro em endereço atribuído a Geddel Vieira Lima em Salvador - Divulgação - Divulgação
Malas de dinheiro em endereço atribuído a Geddel Vieira Lima em Salvador
Imagem: Divulgação

Do UOL, em Brasília

05/09/2017 18h27Atualizada em 05/09/2017 21h31

A Polícia Federal diz já ter contabilizado pelo menos R$ 40 milhões entre o dinheiro apreendido em malas num apartamento em Salvador supostamente ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB).

O valor foi divulgado por volta das 21h30 desta terça-feira (5), e o cálculo da quantia total, segundo a PF, deve se estender por toda a noite, visto o grande volume de notas apreendidas. Uma hora antes, estava em R$ 33 milhões.

Uma operação da Polícia Federal encontrou um “bunker” repleto de dinheiro atribuído, inicialmente, ao ex-ministro, segundo as investigações. No apartamento, os investigadores localizaram diversas caixas com mais de mil cédulas.

Geddel é investigado pela Operação “Cui Bono?” pelas suspeitas de pertencer a um esquema de liberação de créditos da Caixa Econômica Federal em troca de propina. Ele foi preso no dia 3 de julho, mas cumpre prisão domiciliar graças a um habeas corpus.

Nesta terça-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em Salvador. As buscas foram autorizadas pelo juiz da 10ª Vara Federal Vallisney de Souza Oliveira.

Segundo o MPF-DF (Ministério Público Federal no Distrito Federal), o Núcleo de Inteligências da PF passou a suspeitar de que Geddel poderia estar escondendo evidências de seu envolvimento em crimes apurados pelas investigações.

No dia 14 de julho, segundo o despacho, a PF recebeu uma ligação telefônica informando sobre a movimentação de caixas em um apartamento num condomínio da capital baiana. Segundo a PF, o apartamento pertenceria a um homem chamado Silvio Silveira.

Segundo o empresário Lúcio Funaro, Geddel teria recebido ao menos R$ 20 milhões em propinas referentes à liberação de empréstimos. Geddel chegou a ser vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa do ex-ministro, mas ela vinha negando o envolvimento de Geddel nos crimes atribuídos a ele.