Prisão em 2ª instância é prioridade máxima na CCJ da Câmara, diz deputado
Um dia após o STF (Supremo Tribunal Federal) proibir prisão após condenação em segunda instância, o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Felipe Francischini (PSL-PR), anunciou que a aprovação do projeto é prioridade "máxima". Oposição e partidos do centrão devem obstruir a pauta.
"Eu pautei para segunda e terça-feira da semana que vem. Essa pauta sempre foi minha prioridade. Há muitos meses trabalho nela", declarou.
A pauta também será debatida no Senado. A presidente da CCJ daquela Casa, Simone Tebet (MDB-MS), anunciou hoje que o projeto será analisado semana que vem.
Francischini conversou com deputados da comissão e começou a mapear os votos. Ele diz que tem maioria para aprovar o projeto com apoio do PSL, Podemos e Novo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) não foi consultado por Francischini.
Líderes do centro entendem que a pauta pode aumentar o tensionamento na Câmara. Uma liderança relatou que o projeto pautado às pressas alimentará a polarização e pode pautar os debates da Casa.
O deputado José Guimarães (PT-CE), membro da CCJ, disse que a oposição vai se organizar para obstruir e derrubar a pauta.
"Os ditadores que não aceitam serem regidos pela Constituição fazem isso e pautam às pressas. Vamos para o enfrentamento. Não quero acreditar que o Maia está compactuando com isso", disse Guimarães.
O deputado Aliel Machado (PSB-PR), é favorável à mudança na legislação, mas diz que a discussão não pode ser feito no calor do momento.
"O Parlamento, com responsabilidade tem que chegar a um denominador comum. O debate tem que ser feito com responsabilidade. Pessoalmente sou favorável à mudança, mas o partido ainda não fechou questão", declarou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.