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Bolsonaro diz que não vai trocar ministros e elogia educação e economia

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

22/11/2019 08h39

Resumo da notícia

  • Bolsonaro elogia economia e educação e diz que não muda ministros agora
  • Ontem, site disse que Onyx Lorenzoni, Abraham Weintraub e Marcelo Álvaro seriam trocados

Com ironia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que não vai trocar seus ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Abraham Weintraub (Educação) e Marcelo Álvaro (Turismo) —este último denunciado por desvio de dinheiro nas eleições de 2018. Ontem, o site Vortex afirmou que Bolsonaro havia decidido fazer a troca, mas ainda não havia definido a data.

"Primeiro vamos desmentir que eu troquei três ministros", disse o presidente pela manhã na porta do Palácio da Alvorada. Ele fez questão de puxar a conversa com os jornalistas que o aguardavam. Em seguida, foi irônico. "Tenho a intenção de trocar 24 ministros, tá bom ou não?", disse ele gesticulando com uma das mãos.

Bolsonaro disse que que a "intenção" da notícia era "dizer que o governo bate cabeça" e elogiou a economia e a educação no país.

"Os números dizem o contrário. A gente está bem na economia, está bem na educação, está bem na defesa, tudo foi descontingenciado. Qual a intenção disso? Se eu afundar, afunda o Brasil todo."

O presidente foi questionado se tinha expectativa sobre a aprovação do projeto que apresentou ontem para que policiais não sejam punidos em situações de confronto quando atuarem em ações no regime de Garantia da Lei e Ordem (GLO), o chamado excludente de ilicitude.

"Tem projetos que ficam... tem projetos meus que eu apresentei em 1991", disse. Ele mencionou ainda a "reação da esquerda e os falsos direitos humanos".

E voltou a defender a necessidade do projeto de isentar policiais de punição. "Qualquer problema é culpa da polícia", justificou Bolsonaro.

Se TSE negar assinaturas digitais, APB vai demorar

O presidente também estimou que a criação do seu novo partido vai demorar "longos meses", se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar a coleta de assinaturas digitais para a formação da legenda. O APB (Aliança Pelo Brasil) terá o próprio Bolsonaro como presidente da sigla.

O TSE julga o caso na próxima semana. A expectativa é que o tribunal autorize, ao menos, o uso de reconhecimento das assinaturas por biometria. "Se passar só biometria, ajuda", disse Bolsonaro.

O presidente vai receber uma delegação de líderes do Mercosul daqui a cerca de duas semanas. Ele afirmou que a prioridade são os acordos econômicos com a União Europeia. "Primeiro, é consolidar o acordo com a União Europeia."

Flamengo vencerá nos pênaltis, diz presidente

Bolsonaro disse ainda que vai assistir à final da Copa Libertadores da América no sábado no Brasil. Apesar de ser palmeirense, afirmou que vai torcer pelo Flamengo com um bottom do time, que exibiu aos jornalistas. O presidente crê que Flamengo ganhe a partida por 5 a 4 nos pênaltis.

Ele brincou com o nome do jogador Gabigol, do Flamengo. "Espero que ele seja o Gabigols."