Sara Winter deixa a cadeia e passa a usar tornozeleira eletrônica
Eduardo Militão
Do UOL, em Brasília
25/06/2020 12h06Atualizada em 25/06/2020 14h23
A ativista de extrema-direita Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, e outros cinco integrantes do extinto "Acampamento dos 300" deixaram a cadeia e passaram a ser monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
Os homens estavam detidos no Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, em Brasília. Sara e outra militante estavam na penitenciária da Colmeia, no Gama, em Brasília.
A liberação foi feita na tarde de ontem, mas eles só poderão ficar em dois locais: em casa ou no trabalho. Sara Winter possui uma residência na Vila Planalto, em Brasília, mas não se sabe se ela foi para esta casa ou se voltou para o interior de São Paulo, sua origem.
Eles são investigados junto com parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Operação Lume por suspeita de financiamento e organização de atos a favor da volta da ditadura militar e do fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio presidente participou de um desses atos, em 19 de abril, mas não é investigado.
O pedido de liberação foi feito pela Polícia Federal. O Ministério Público concordou e o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a saída da cadeia do grupo de ativistas.
Pela decisão do ministro, Sara e os demais extremistas do extinto "Acampamento dos 300" não poderão manter contato entre si e com os demais políticos, empresários e blogueiros investigados no inquérito da Operação Lume.
Eles deverão indicar o local de residência e de trabalho onde poderão circular. Também deverão ficar a distância mínima de um quilômetro dos edifícios do STF e do Congresso Nacional e das residências dos demais investigados. Os seis extremistas ainda deverão comparecer em juízo para prestar informações regularmente.