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Três operações da polícia atingem o entorno do presidente em uma semana

Jair Bolsonaro vê ações de combate ao crime sobre aliados sem poder culpar o STF por isso - Alan Santos/PR
Jair Bolsonaro vê ações de combate ao crime sobre aliados sem poder culpar o STF por isso Imagem: Alan Santos/PR

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

18/06/2020 11h22

Três ações policiais atingiram o entorno do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em apenas uma semana. Em comum, nenhuma delas foi originada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), alvo de críticas dos políticos e outros aliados do bolsonarismo.

Nesta quinta-feira (18), Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi preso numa ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), com apoio da Polícia Civil dos dois estados. Queiroz passou a ser investigado em 2018 depois que um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indicou movimentação financeira atípica dele, que é amigo do presidente desde 1984. O documento foi obtido pela Operação Lava Jato, maior ação contra a corrupção da história do país.

Já a Polícia Federal agiu duas vezes, na segunda-feira e na terça-feira, na Operação Lume.

Na primeira ocasião, prendeu a militante de extrema-direita Sara "Winter" Giromini. Na segunda vez, deu busca e apreensão nos endereços de um vice-líder do governo na Câmara, Daniel Silveira (PSL-RJ). O sigilo bancário de dez deputados bolsonaristas foi quebrado, além de um senador.

As duas ações aconteceram por iniciativa da PGR (Procuradoria Geral da República), de Augusto Aras. O inquérito foi aberto em abril, a pedido da Procuradoria-Geral da República, para investigar, dentro da Lei de Segurança Nacional, a organização e o financiamento de atos contra a democracia. Segundo o UOL apurou, a Polícia Federal já se prepara para agir ainda mais proativamente no caso.