"Os dois têm que se acertar", diz Mourão sobre crise entre Salles e Maia
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou hoje a crise entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e disse que "os dois têm que se acertar".
A rusga entre as duas autoridades públicas ganhou novo capítulo ontem (28), depois que Salles publicou um tuíte no qual chama Maia de "Nhonho", do seriado "Chaves". O personagem ficcional, interpretado pelo ator Édgar Vivar, é um menino acima do peso. Hoje, em nota divulgada pelo Ministério, Salles disse que seu perfil foi usado indevidamente por outra pessoa. A conta na rede social acabou sendo excluída.
A mensagem de Salles foi uma resposta a Maia, que havia publicado no Twitter, no sábado (24), uma crítica ao chefe da pasta do Meio Ambiente. "O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo", escreveu o presidente da Câmara.
Para Mourão, "Salles faz parte do Executivo, é ministro do governo, então isso é uma questão que está mais para o lado pessoal". "Os dois têm que se acertar."
O vice-presidente da República destacou ainda que, segundo o seu entendimento, Maia tem "uma boa relação com o restante do governo".
"Na terça-feira à noite, ele estava com a gente no workshop do Gripen, sem problema algum", declarou ele, em referência a um evento de apresentação detalhada do caça F-39E Gripen, modelo de origem sueca adquirido pela Força Aérea.
Mourão evitou comentar a justificativa do ministro do Meio Ambiente sobre a gafe no Twitter. "Eu não sei qual é a situação lá do ministério, se a conta dele é acessada por alguns auxiliares dele... Isso é um troço de pouca importância face aos problemas que a gente tem para resolver."
Covid-19
O vice-presidente também disse que a possibilidade de uma segunda onda do coronavírus no Brasil não é algo que, neste momento, assombra o governo. Segundo ele, o país ainda não saiu da primeira onda.
"Eu julgo que não [preocupa] porque aqui a gente não saiu da primeira onda, né? Essa é uma realidade nossa aqui. Não tivemos uma parada total como aconteceu nesses países da Europa. Vocês lembram que na Europa já está frio de novo, e o frio favorece o aparecimento de doenças respiratórias. As doenças respiratórias são uma porta de entrada para esse vírus."
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