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Haddad critica uso da cloroquina: Tomam 'como pílula do dia seguinte'

Fernando Haddad escreveu crítica nas redes sociais. Nos comentários, apoiadores citaram riscos dos medicamentos ao fígado - Marlene Bergamo/Folhapress
Fernando Haddad escreveu crítica nas redes sociais. Nos comentários, apoiadores citaram riscos dos medicamentos ao fígado Imagem: Marlene Bergamo/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

28/03/2021 12h01Atualizada em 28/03/2021 12h08

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), voltou a criticar o uso da cloroquina. O medicamento não tem eficácia comprovada para combater e prevenir a covid-19, mas é recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo Ministério da Saúde dentro do "kit covid" para o "tratamento precoce".

"Tem gente tomando comprimido de cloroquina como pílula do dia seguinte", escreveu o ex-prefeito paulistano no Twitter.

A pílula do dia seguinte é um medicamento utilizado após o ato sexual para impedir uma gravidez de começar. O uso é emergencial, utilizado para episódios de exposição ao risco.

Hepatite medicamentosa é consequência do "kit covid"

A cloroquina, a ivermectina e a azitromicina — alvos de crítica dos médicos, cientistas e opositores de Jair Bolsonaro — integram o "tratamento precoce" e podem causar hepatite medicamentosa nos pacientes.

Médicos e hospitais têm relatado casos da doença que inflama ou causa lesão no fígado por conta do uso de remédios. A doença é grave a ponto de ser necessário realizar transplante de fígado. Em alguns casos, os pacientes podem morrer.

Nos comentários da postagem, apoiadores do petista citaram os os efeitos que os remédios do "tratamento precoce" incentivado pelo presidente Bolsonaro podem causar ao fígado dos pacientes.