Chamado de ditador por Bolsonaro, Dino diz 'não ter tempo para molecagens'
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), chamou de "estranho e dispensável" a "preocupação" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o seu peso. Hoje, em evento no estado, Bolsonaro disse que o Maranhão será "libertado da praga" do comunismo e, sem citar nominalmente Dino, perguntou quem era o "gordinho ditador" do estado.
"Bolsonaro anda preocupado com o meu peso, algo bem estranho e dispensável. Tenho ótima saúde física e mental. E estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias. Trabalho muito. Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público", escreveu Dino em uma rede social.
Em sua fala no segundo dia de visita ao estado, Bolsonaro comparou a postura de alguns ditadores como o norte-coreano Kim Jong-un, lembrou do Maranhão, mas não citou nominalmente Flávio Dino, apesar da clara referência.
"Lá na Coreia do Sul [quis dizer do Norte] é uma ditadura e o ditador não é um gordinho? Na Venezuela também é uma ditadura e não é gordinho o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui no Maranhão?", declarou em meio a gritos de apoiadores. Dino tem sobrepeso.
Ao confundir o nome da Coreia do Norte, regime comandado por Kim Jong-un, Bolsonaro chegou a ser corrigido pelo presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, que estava ao lado, mas ignorou o alerta feito.
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