Eduardo Bolsonaro defende Guedes e ataca Kim: 'Papel higiênico da esquerda'
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chamou o colega Kim Kataguiri (DEM-SP) de "papel higiênico da esquerda" ao sair em defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, hoje, durante audiência na Câmara dos Deputados. Kataguiri rebateu e disse que Guedes fez um "milagre" ao fazer o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparecer na Câmara "para trabalhar".
O ministro compareceu à Casa para prestar esclarecimentos sobre movimentações financeiras no exterior. Eduardo Bolsonaro elogiou Guedes e disse a maior acusação da audiência é de que ele é uma "pessoa de sucesso" e que sua convocação se trata de uma tentativa de "desgastar" o governo.
"O senhor é orgulho nacional. Não se engana com esse pessoal aqui", disse Eduardo ao ministro. O parlamentar, então, citou que Kataguiri foi um dos responsáveis pelo requerimento para convocar Guedes.
O deputado Kim Kataguiri, eleito pelo sentimento antipetista, juntinho com o PT aqui nessa Casa, cuja principal bandeira [de Kataguiri] eram as políticas liberais... E depois de, sei lá, 30 anos, a gente tem um ministro liberal com poder de levar adiante suas políticas, ele vem aqui criticar o senhor. É o famoso papel higiênico da esquerda. Ele acha que ele vai derrubar o governo Bolsonaro para botar quem ele quer. Só que a esquerda é que vai se beneficiar com tudo isso Eduardo Bolsonaro
Assim que teve a palavra concedida, Kataguiri rebateu Eduardo Bolsonaro, que já havia deixado a sala, e o chamou de "sujeito extremamente desqualificado".
A vinda do ministro aqui fez milagre. Até o deputado filho do presidente da República que nunca aparece na Câmara para trabalhar, está sempre turistando ao redor do mundo com dinheiro público resolveu aparecer (...) É um sujeito extremamente desqualificado. Veio, falou de mim e foi embora, de tão corajoso que é. Mas vamos voltar para o assunto em questão agora que as crianças já saíram da sala Kim Kataguiri
Guedes diz que acusação sobre offshore é 'narrativa política'
Durante a audiência, o ministro disse que há "narrativa política, covardia e desrespeito aos fatos" em acusações de que ele especulou com o valor do dólar para aumentar seu patrimônio nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal.
Guedes voltou a dizer que a offshore é "absolutamente legal" e negou que tenha entrado no governo para ter acesso a informações privilegiadas.
"Há narrativa política, covardia e desrespeito aos fatos. A pergunta é: existe conflito de interesse? Não", afirmou. "Quando se fala em offshore, as pessoas imaginam uma organização com uma porção de gente. Não é nada disso. É uma conta que, por razões sucessórias, tem um representante familiar."
A existência de uma offshore não configura necessariamente um crime. Mas parlamentares citam a possibilidade de um conflito de interesses na manutenção dessas operações, já que Guedes ocupa o cargo responsável por gerir as políticas econômica e cambial do país.
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