Eduardo Bolsonaro nega autoritarismo no Oriente Médio: 'Qualidade de vida'
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) negou nesta sexta que os países do Oriente Médio recentemente visitados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sejam governados por regimes autoritários, apesar de todos serem classificados como "não livres" pela Freedom House, uma organização americana fundada na década de 1940, em meio à luta contra o fascismo, e dedicada à defesa da democracia.
"Alguns criticam, [dizendo] que não são democracias. Vale lembrar que esses países [Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Catar] são monarquias, e sempre sinalizando para uma abertura. Fato que não ocorre com Cuba e Venezuela, por exemplo, poucas vezes criticados por esses mesmos jornalistas que falam besteira. Qualidade de vida sensacional", disse Eduardo durante a live semanal de seu pai.
Os três países visitados por Bolsonaro são monarquias, mas dois deles — Emirados Árabes e Catar — são considerados absolutistas. Nesta forma de governo, em que o monarca está acima de todos ou outros órgãos de Estado e concentra em si os três poderes constitucionais (Legislativo, Executivo e Judiciário).
É diferente do que acontece no Reino Unido, por exemplo, classificado como uma monarquia constitucional chefiada pela rainha Elizabeth 2ª.
Oficialmente, o Bahrein também é considerado uma monarquia constitucional — mas, na prática, não há democracia. Por lá, de acordo com a Freedom House, o uso da internet é restrito, e autoridades já forçaram a remoção de conteúdo crítico ao governo das redes sociais. Além disso, acrescenta, a monarquia "domina as instituições de Estado" e as eleições para o Parlamento "não são mais competitivas ou inclusivas".
Roteiro de Bolsonaro
A viagem de Bolsonaro ao Oriente Médio durou pouco menos de uma semana. O presidente partiu de Brasília na última sexta-feira (12), chegando a Dubai (Emirados Árabes Unidos) no dia seguinte, e retornou ontem à noite, saindo de Doha (Catar).
Nos Emirados Árabes, Bolsonaro visitou o pavilhão do Brasil na Expo 2020, uma feira mundial realizada há mais de um século em Dubai, e se encontrou com o primeiro-ministro Mohammed bin Rashid Al Maktoum. No Bahrein, inaugurou a embaixada brasileira na capital Manama e, por fim, no Catar, almoçou com o emir Tamim bin Hamad al-Thani e se reuniu com Gianni Infantino, presidente da FIFA.
Integraram a comitiva de Bolsonaro os ministros Paulo Guedes (Economia), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Walter Braga Netto (Defesa), Carlos França (Relações Exteriores), Gilson Machado (Turismo) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), além dos deputados federais Eduardo Bolsonaro e Helio Lopes (PSL-RJ), e do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), entre outros.
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