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Justiça manda Twitter apagar vídeo íntimo de Gabriel Monteiro e adolescente

Caso de Monteiro ganhou repercussão após reportagem no Fantástico - Divulgação/Câmara do Rio
Caso de Monteiro ganhou repercussão após reportagem no Fantástico Imagem: Divulgação/Câmara do Rio

Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

02/04/2022 11h04

A Justiça do Rio de Janeiro determinou ontem que o Twitter Brasil retire do ar um vídeo em que o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) faz sexo com uma adolescente de 15 anos. A juíza Claudia Leonor Jourdan Gomes Bobsin, do Cartório da 1ª Vara da Infância e da Juventude da capital fluminense, atendeu a um pedido do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) para que o material seja removido da rede social.

Segundo a decisão judicial, o Twitter Brasil estará submetido a uma multa diária de R$ 30 mil caso a determinação seja descumprida. A juíza determinou que a rede remova todos os endereços eletrônicos com o vídeo, que foram elencados na petição do MP, e que faça um monitoramento para bloquear novas postagens. Ontem, o Twitter Brasil informou ao UOL que não iria se manifestar sobre o caso.

Para que novas cópias do vídeo deixem de circular, a Justiça determinou que as URLs identificadas pela rede sejam separadas e retiradas do ar e que a "hash" (assinatura digital) do arquivo seja colocada em uma Black List, para impedir que os usuários possam baixar o material. Na manhã deste sábado (2), o UOL encontrou cópias do vídeo ainda em circulação pela rede.

Monteiro é investigado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro por denúncias de assédio moral, sexual e agressões físicas. Sobre o vídeo, o político tem destacado que a adolescente confirmou que a relação foi consensual e mentiu sobre sua idade, dizendo que tinha 18 anos. O vereador ainda criticou o vazamento do material.

Vídeo de furto

Em um dos vídeos analisados pela Câmara de Vereadores, um funcionário de Monteiro aparece orientando uma pessoa supostamente em situação de rua a furtar a bolsa de uma mulher na capital do Rio de Janeiro. Quando o sem-teto concorda em cometer o crime, sob o pretexto de que seria pago por isso, o vereador aparece para confrontá-lo.

Em nota ao UOL, a assessoria dele disse que "são experimentos sociais, um quadro difundido mundialmente em inúmeros canais na internet. Visando desconstruir pensamentos e ideias preconceituosas, propomos uma situação em que as pessoas são testadas".

"Tem que matar gay"

Monteiro disse ontem que um vídeo que teria sido vazado nas redes sociais no qual ele afirma que "tem que matar gay e ter raiva de gay" tinha apenas o intuito de "experimento social contra a homofobia". O parlamentar ainda rebateu as acusações de assédio moral e sexual feitas por cinco pessoas ouvidas pela reportagem do Fantástico, da TV Globo, e sustentou que "nenhuma prova foi encontrada até agora".

"Ontem [30 de março], saiu um vídeo meu dizendo 'tem que matar gay', 'tem que ter raiva de gay', mas o intuito do vídeo era um experimento social contra a homofobia. É evidente, é claro no vídeo, que existe uma pessoa com um ponto comigo, eu conversando com a pessoa 'olha só, fala essa frase aí para ver se essa pessoa tem um pensamento distorcido, saber se essa pessoa é homofóbica', aí eu chego".