Rio: Conselho de Ética adia decisão sobre processo contra Gabriel Monteiro
O Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro decidiu, em reunião na tarde de hoje, adiar por uma semana a decisão sobre possível abertura de representação contra o vereador Gabriel Monteiro (PSD).
O UOL apurou que o conselho decidiu buscar mais informações junto ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e à Delegacia de Atendimento à Mulher para, na próxima terça-feira (5), deliberar sobre eventual representação contra o vereador.
Em denúncias exibidas no último domingo (27) pela TV Globo, pessoas que trabalharam com o vereador relataram rotinas de assédio moral, sexual e agressões físicas.
Assessores afirmaram que alguns dos vídeos publicados no canal do vereador em redes sociais eram forjados e manipulados. Uma mulher, que não se identificou, o acusou de estupro.
Gabriel Monteiro nega as acusações.
Entre as penalidades aplicáveis pelo Conselho de Ética ao vereador, se constatada conduta atentatória ou incompatível com o decoro parlamentar, estão:
- Advertência que poderá ser aplicada pelo presidente da Câmara;
- Suspensão temporária das prerrogativas regimentais sob pena de vedação de pronunciamento em plenário;
- Pena de impedimento de emissão de parecer quando membro de Comissão Permanente;
- Pena de impedimento de apresentar proposições;
- Suspensão temporária do exercício do mandato e até mesmo perda de mandato.
Ontem, o MP-RJ abriu um inquérito para apurar se o vereador violou direitos de uma criança que aparece em vídeo do político publicado na internet.
Monteiro, que normalmente acompanha as sessões virtualmente, esteve hoje na Câmara e tentou participar da reunião do Conselho de Ética, mas não foi autorizado.
À imprensa, ele afirmou ser vítima de um complô de pessoas que querem destruí-lo. Ele afirmou ainda que ajudou a criança que foi protagonista de um dos vídeos supostamente manipulados. Esse vídeo foi retirado ontem das redes sociais pela equipe do vereador.
O presidente do Conselho de Ética, Alexandre Isquierdo (DEM), disse que a decisão de esperar uma semana para decidir não significa corporativismo. "Este conselho não age com corporativismo, vide o caso Jairinho", disse, referindo-se ao ex-vereador acusado de matar o enteado. Jairinho, que está preso, foi cassado em 2021.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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