Renan associa orçamento secreto a Lira, que retruca: 'Isso é desviar foco'
Do UOL em São Paulo
23/05/2022 16h47Atualizada em 23/05/2022 18h01
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou hoje a criticar o senador Renan Calheiros (MDB), seu desafeto político em Alagoas. Ele respondeu a uma postagem do congressista conterrâneo que o acusava de "querer bater carteira de governadores".
Na publicação, ao associar o deputado ao chamado "orçamento secreto", Calheiros afirmou que "Arthur Lira quer bater a carteira de governadores e prefeitos".
"Os escândalos do orçamento secreto pipocam: barras de ouro no MEC, caminhões de lixo com azedume da corrupção. Antes, a Covaxin, AstraZeneca etc. Agora Arthur Lira quer bater a carteira de governadores e prefeitos", escreveu o senador.
Em resposta, Lira disse que os comentários de Calheiros são para "desviar a atenção da enxurrada de denúncias que vão aparecer do governo do filho", referindo-se a Renan Filho, que renunciou em abril após dois mandatos como governador de Alagoas para concorrer a uma vaga no Senado.
"Renan Calheiros falando em honestidade é a maior piada que existe. Isso é para desviar (algo que RC sabe fazer) a atenção da enxurrada de denúncias que vão aparecer do governo do filho. Aguardem!", escreveu.
Algumas horas depois, o senador Calheiros voltou a falar sobre o assunto em seu Twitter, criticando Arthur Lira novamente. Dessa vez, o político acusou o presidente da Câmara de ser um agressor de mulheres além de "pivete delinquente". No ano passado, a ex-mulher de Lira, Jullyene Lins, relatou que seu então marido havia a agredido fisicamente.
Eleição em AL impulsionou atrito em Lira e Calheiros
Durante as eleições indiretas para governador do Alagoas, após a renúncia de Renan Filho (MDB), os dois políticos passaram a travar conflitos pelas redes sociais, pois ambos estavam em lados opostos no apoio aos candidatos ao cargo.
Também pelas redes sociais, os parlamentares expuseram críticas um ao outro e ao candidato oponente. No fim, o então deputado estadual Paulo Dantas (MDB), apoiado por Calheiros, acabou eleito. A eleição aconteceu após adiamentos e em meio à briga entre os grupos políticos congressistas alagoanos.