DF diz que 1.398 presos por atos golpistas foram levados a penitenciárias
Do UOL, em São Paulo
11/01/2023 22h07Atualizada em 11/01/2023 22h07
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal informou que 904 homens e 494 mulheres presos nos ataques aos prédios dos Três Poderes foram encaminhados para penitenciárias. A última atualização do governo foi feita nesta quarta-feira (11), às 20h.
Os presos homens foram levados para o Centro de Detenção Provisória do Complexo da Papuda e as mulheres para a Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia.
A maior parte dos bolsonaristas foi presa no acampamento em frente ao quartel-general do Exército de Brasília —desmontado na segunda-feira por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), um dia após os ataques.
Audiências de custódia devem ser encerradas até domingo (15). O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) informou que o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou que os juízes façam audiências em sistema de mutirão.
Segundo o conselho, outras 599 pessoas foram liberadas após serem fichadas. Entre elas:
- idosos;
- pessoas com problemas de saúde;
- mães acompanhadas de seus filhos com menos de 12 anos.
Como são os presídios?
A Papuda é o maior complexo penitenciário de Brasília, formado por quatro unidades, com capacidade de 5.300 detentos, mas reúne 12 mil pessoas, enfrentando superlotação.
O complexo já abrigou presos famosos, como Marcola, considerado líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), e os ex-deputados José Dirceu e José Genoino, presos após investigação do Mensalão.
Já a Colmeia possui dois blocos — um para prisão provisória e outro para regime semiaberto.
Prédios destruídos
Os bolsonaristas golpistas invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF na tarde domingo (8) e destruíram obras de arte, portas, cadeiras e quebraram vidros.
Após os ataques, o presidente Lula decretou intervenção federal no DF.