Chico Alencar discursa em meio a gritos e acusa Lira de usar 'máquina'
O deputado federal do PSOL, que concorre com Arthur Lira (PP-AL) e Marcel van Hattem (Novo-RS) à presidência da Câmara dos Deputados, definiu a própria candidatura como um ato de "contraponto e denúncia" frente aos indícios de que Lira seja reeleito ao cargo.
No Plenário, Chico Alencar foi interrompido por manifestações de outros deputados quando criticou o que chamou de tentativa de golpe do dia 8 de janeiro.
- Primeiramente, irromperam gritos de "Lula Ladrão, seu lugar é na prisão"
- Depois, gritos de "sem anistia", entoados por apoiadores de Lula (PT); o protesto se popularizou na posse do presidente
Críticas a Lira: "O Congresso se apequenou"
O deputado do PSOL também aproveitou o espaço do discurso para criticar atos de Lira.
Segundo ele, a Câmara "se apequenou, fez autodepredação simbólica" quando passou a operar recursos do orçamento secreto.
Ele acusou a campanha pela reeleição do atual presidente da Câmara de usar "a máquina fartamente":
Trazemos aqui um programa de 20 pontos, não jantares, não benesses, não majoração de benefícios, trazemos ideias, causas, projetos e propostas em torno daquilo que é essencial".
O parlamentar ainda respondeu a críticas que chamavam sua candidatura de simbólica, já que Lira possui apoio tanto da base governista de Lula (PT) como de outros partidos que integram o centrão, incluindo o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que fez a humanidade avançar na ciência, tecnologia e civilidade foi o sonho, a ousadia. Nunca foi a mera 'realpolitik', um pragmatismo rebaixado que não ousou. É bom insistir nessa teimosia"