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Bombig: Ao apoiar Lira, PT mostra que aprendeu com o caso Eduardo Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/02/2023 13h26

O colunista do UOL Alberto Bombig comentou no UOL News que o PT teria aprendido com os erros do passado, quando lançou um candidato para concorrer contra Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados. Cunha abriu o processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff meses depois.

A Dilma vence a eleição em 2014, lança uma candidatura para bater de frente com Eduardo Cunha e é derrotado. Ali começa uma relação que não terminou bem, como todos sabemos, com o impeachment da ex-presidente Dilma, que o Eduardo Cunha abriu".

Bombig afirmou que Lira irá vencer mesmo sem não tivesse apoio do PT.

O PT foi muito pragmático em entender que o Lira reunia forças para vencer. Muito provavelmente, ele venceria mesmo que o PT montasse outra candidatura com outros partidos, como PSD e MDB. Lula não ganharia um aliado, ganharia um inimigo".

Lira apoiado por PT é consequência da fragmentação partidária, diz cientista política

A cientista política Deysi Cioccari explicou no programa que o apoio do PT à Arthur Lira também é mérito do parlamentar, que conseguiu reunir a maioria dos partidos em seu entorno.

É consequência da nossa política que o PT apoie, de novo, um personagem que eles acreditam que pode ganhar e que pode ser um aliado para a governabilidade. Temos também um outro problema na política brasileira que é a alta fragmentação partidária, então é muito difícil hoje, do jeito que está o Congresso, lidar com todos os partidos políticos. O Arthur Lira conseguiu a façanha de reunir em torno dele, nomes muito importantes".

Bombig: Romântico pela democracia, Aras precisa de menos retórica e mais trabalho

O colunista também avaliou o discurso de Augusto Aras na abertura dos trabalhos do Judiciário, em que disse "amar a democracia".

Ele poderia ter exercido esse amor não só na retórica, dizendo 'eu te amo', tem que fazer na prática, processar, investigar e apurar. Tem que trabalhar. Faltou menos retórica e mais trabalho durante anos, defender, de fato, a democracia como todos queremos".

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