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Marinho e aliados pressionam comando do Senado contra voto secreto

01.fev.2023 - Plenário do Senado Federal - Pedro França/Agência Senado
01.fev.2023 - Plenário do Senado Federal Imagem: Pedro França/Agência Senado

Do UOL, no Rio e em Brasília

01/02/2023 17h40Atualizada em 01/02/2023 18h13

Rogério Marinho (PL-RN), candidato bolsonarista à presidência do Senado, e seus aliados criaram um princípio de confusão no plenário pouco antes do início da votação. Eles questionam a regra que garante o voto secreto na eleição da mesa diretora da Casa.

Marinho, Eduardo Girão (Podemos-CE) e Izalci Lucas (PSDB-DF) fizeram questões de ordem contra a decisão de Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), parlamentar que preside a sessão, de proibir que os senadores mostrem as cédulas preenchidas para as câmeras antes de depositá-las na urna. Aliados de Marinho creem que terão mais votos se a votação for aberta.

Questionado por Alessandro Vieira (PSDB-SE), Veneziano havia alertado que os votos poderiam ser anulados se fossem exibidos para as câmeras. Mas ele afirmou que não gostaria de ter o "constrangimento" de fazer isso.

Girão disse então que a resposta era uma "intimidação".

"Isso é claramente uma questão de excesso de zelo da mesa, porque há um precedente da legislatura anterior. Apelo para seu espírito democrático"

Rogério Marinho (PL-RN), candidato à presidência do Senado

Izalci Lucas (PSDB-CE) lembrou que durante a eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado, em 2019, os parlamentares anunciaram seus votos, o que criou precedentes para a permissão da publicidade da escolha de cada senador.

"Na eleição de 2019 e na última eleição, o senador que quis mostrar, mostrou e não aconteceu nada. Qual é o problema?"

Izalci Lucas (PSDB-DF)