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Após 'decepcionar' com US$ 50 mi, EUA falam que ainda verão valor de fundo

Elizabeth Bagley, indicada por Biden para chefiar embaixada dos EUA no Brasil - Reprodução/Youtube/U.S. Department of State
Elizabeth Bagley, indicada por Biden para chefiar embaixada dos EUA no Brasil Imagem: Reprodução/Youtube/U.S. Department of State

Colaboração para o UOL, em Salvador

15/02/2023 19h28Atualizada em 15/02/2023 19h35

Em coletiva de imprensa realizada hoje na sede da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, a embaixadora Elizabeth Bagley afirmou que a Casa Branca e o Congresso americano ainda estão definindo o valor exato do repasse ao Fundo Amazônia.

Após a reunião entre os presidentes Lula (PT) e Joe Biden, na semana passada, o país norte-americano havia sinalizado, a princípio, que realizaria uma doação de US$ 50 milhões (cerca de R$ 261 milhões), quantia que decepcionou a delegação brasileira no encontro, conforme apurou o UOL.

Durante a conversa com os jornalistas, Bagley destacou que o governo estadunidense ficou muito feliz de fazer parte da iniciativa, e que a quantia exata será acertada e divulgada "nas próximas semanas".

O fundo Amazônia. Nós ficamos muito felizes de fazer parte. Como vocês sabem, o Congresso norte-americano toma as decisões do nosso governo e farão a determinação dos valores exatos autorizados. Primeiro a Casa Branca e depois o senado trabalharão juntos para estabelecer os valores exatos. Prevemos que nas próximas semanas o valor será divulgado."
Elizabeth Bagley

Além de fazer o aporte ao fundo, o governo americano também pretende convidar os países do G7 —Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido— a darem apoio. Noruega e Alemanha, que eram as principais doadoras, já anunciaram a retomada dos repasses.

Vale lembrar, no entanto, que a adesão estadunidense está condicionada a uma aprovação para a liberação dos recursos. Ainda na semana passada, após a reunião dos líderes das duas potências o UOL apurou que ficou estabelecido que John Kerry, enviado especial da presidência para o clima dos EUA, vem ao Brasil ainda este mês para detalhar a forma pela qual o dinheiro vai chegar.

Em nota conjunta publicada pelos dois países após o encontro entre Lula e Biden, os Estados Unidos anunciaram "sua intenção de trabalhar com o Congresso para fornecer recursos para programas de proteção e conservação da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia, e para alavancar investimentos nessa região muito importante".