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CPI do 8/1: Relatora quer investigar golpistas desde 2º turno das eleições

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) em sessão da CPI do 8 de Janeiro - Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) em sessão da CPI do 8 de Janeiro Imagem: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Do UOL, em Brasília

31/05/2023 04h00Atualizada em 31/05/2023 06h58

A relatora da CPI do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), quer investigar os atos dos golpistas desde o segundo turno das eleições de 2022. A estratégia dos governistas é tentar impedir que a oposição atue em defesa dos presos pela invasão.

O que aconteceu?

Aliados do governo Lula (PT) se reuniram ontem (30) na liderança do governo no Senado para debater o plano de trabalho a ser apresentado por Eliziane amanhã (1º) a deputados e senadores.

A expectativa é que sejam feitas duas sessões por semana, embora tenha havido discordância sobre isso durante o encontro. Alguns parlamentares temem que um alto número de reuniões dê vazão para a narrativa da oposição, que quer culpar o governo pelo vandalismo ou por omissão.

Segundo o UOL apurou com pessoas presentes, Eliziane rebateu a crítica dizendo que os encontros vão reiterar a versão governista, já que o Planalto tem maioria de apoiadores na CPI.

Na avaliação da relatora, o início dos trabalhos costuma ter maior visibilidade entre o público e cobertura da imprensa.

A ideia dela é começar a investigação com os fatos que aconteceram logo após o segundo turno do pleito. O colegiado se debruçaria, por exemplo, sobre o caso dos dois acusados de armar uma bomba no aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro do ano passado.

Além disso, haverá foco em apurar os financiadores por trás dos golpistas.

Outra tarefa do encontro foi alinhar os discursos da tropa de choque do governo. A CPI tem duração inicial de 120 dias, mas pode haver prorrogação.