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CPI vai focar em financiadores e incentivadores do 8/1, diz relatora

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) em sessão da CPMI do 8 de janeiro - Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) em sessão da CPMI do 8 de janeiro Imagem: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

25/05/2023 16h26Atualizada em 25/05/2023 16h58

Relatora da CPMI do 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) disse que as investigações serão focadas em descobrir quem financiou e incentivou os atos golpistas na capital federal.

O que aconteceu:

Eliziane falou à CNN Brasil que é necessário entender "de onde veio todo esse volume financeiro, esse investimento" para a depredação dos Três Poderes: "O ponto final são os financiadores, os autores intelectuais, os incentivadores desse crime. Os executores estão presos e indiciados, o Brasil já tem conhecimento".

A manutenção de acampamentos em frente às sedes do Exército também chama atenção da relatora: "Foi muito dinheiro". Ela disse ser preciso descobrir se o financiamento ocorreu apenas de forma privada ou se houve um possível desvio de verba pública.

"Como foi utilizada a inteligência? Qual a orientação? Foi algo muito bem planejado e orquestrado, buscaremos essas respostas", afirmou a senadora.

"Solicitaremos a punição devida para quem incentivou esses atos, mas não podemos iniciar os trabalhos com excessos", disse.

A senadora falou ainda que "um golpe é antecipado por uma característica, o ataque a sede de Poderes". Ela também lembrou do ataque ao prédio da Polícia Federal em Brasília em dezembro de 2022 e, duas semanas depois, a tentativa de explosão de um carro bomba no Aeroporto de Brasília.

Tivemos ameaças à posse de Lula, temos vários outros elementos que antecederam o 8 de janeiro, vídeos nas redes sociais falavam de uma ação mais forte. Todos os elementos diante de nós e são públicos, é um fato".
Eliziane Gama

Próximos passos

Na próxima quinta-feira (1º/6) será a apresentação da proposta de trabalho, segundo informou a senadora.

Ela disse ser preciso "ganhar tempo" e pedirá compartilhamento de dados do STF (Supremo Tribunal Federal) e das provas colhidas pela Polícia Federal e a CPI dos atos golpistas que corre na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

A relatora falou considerar quebrar o sigilo de suspeitos, conforme a CPMI avançar.