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Suspeito nega à PF ter atacado Moraes; empresário e mulher vão depor

Do UOL, em São Paulo

16/07/2023 13h07Atualizada em 16/07/2023 17h07

O suspeito de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em um aeroporto de Roma, Alex Zanatta Bignotto, prestou depoimento à Polícia Federal de Piracicaba, no interior de São Paulo na manhã de hoje. O depoimento dos outros dois suspeitos está previsto para a terça-feira (18), de acordo com o advogado de defesa.

O que aconteceu

Um dos suspeitos de hostilizar Moraes depôs neste domingo (16) à Polícia Federal. Alex Zanatta Bignotto tem 27 anos, é corretor de imóveis e mora em Santa Bárbara D'Oeste, no interior de São Paulo. O depoimento ocorreu das 10h às 12h na sede da PF em Piracicaba, também no interior paulista. A informação foi confirmada ao UOL pelo advogado de Bignotto, Ralph Tortima Filho.

Em depoimento, Bignotto negou os atos de hostilidade contra o ministro e a família dele no aeroporto. "Ele nega que tenha feito qualquer ofensa a qualquer ministro ou familiar", diz o advogado.

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Em relação à agressão sofrida pelo filho de Moraes, a defesa de Bignotto afirma que ele não estava próximo no momento em que Roberto Mantovani Filho teria desferido um tapa no rosto do rapaz. "Ele não estava perto no momento da agressão e não viu. Eles não estavam a todo instante juntos", diz Tortima Filho.

Segundo a defesa dos brasileiros, agentes da Polícia Federal estiveram na casa de Roberto Mantovani Filho por volta das 6h deste domingo para intimá-lo para o depoimento. O empresário, porém, teria mostrado os comprovantes de uma passagem aérea para outro estado. Como, segundo a defesa, sairia de casa às 8h, o depoimento foi adiado para terça-feira.

Relembre o ataque

Moraes foi hostilizado por três brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma. Ataques ocorreram por volta das 18h45 da sexta-feira (horário local, 13h45 em Brasília). A informação foi confirmada por interlocutores da PF e do Ministério da Justiça.

O ministro foi chamado de "bandido, comunista e comprado", conforme a investigação. As palavras teriam vindo de Andréia Mantovani, mulher de Roberto Mantovani Filho. Advogados criminalistas afirmaram ao UOL que os brasileiros podem responder por crimes de injúria e agressão.

O filho de Moraes chegou a ser agredido fisicamente, segundo a PF. As agressões teriam partido de Mantovani Filho, empresário que foi já candidato a prefeito em Santa Bárbara d'Oeste (SP).

O ministro estava na Itália para uma palestra. Moraes viajou com a família para participar do Fórum Internacional de Direito. Procurado, o STF informou que não se manifestaria sobre o caso.

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