Topo

Com Lira, Lula empossa Sabino e estreia mudanças do centrão no governo

Arthur Lira no centro, entre Lula e Celso Sabino na posse do deputado para o Ministério do Turismo Imagem: MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

03/08/2023 12h10Atualizada em 03/08/2023 13h57

O presidente Lula (PT) deu posse hoje a Celso Sabino (União Brasil-PA) para o Ministério do Turismo em uma cerimônia com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no centro do palco.

O que aconteceu

A posse marca a "estreia" das mudanças impostas pelo centrão ao governo federal. Sabino, formalmente no ministério desde julho, foi uma indicação requerida pelo União Brasil em julho, após Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) sinalizar que deixaria a sigla.

No evento, os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) já circularam como ministros. A entrada dos dois partidos já foi acertada e anunciada pelo governo, que passa por um momento de articulação para ver quais pastas devem assumir.

Durante a sessão, Lira ficou ao lado de Lula, que não fez pronunciamento. Antes do evento, os dois fizeram uma reunião com líderes do governo e do centrão para azeitar as mudanças.

As trocas se dão em meio a um esforço do governo conseguir mais apoio no Congresso, em especial na Câmara dos Deputados. O nome de Sabino foi chancelado pelo centrão, com apoio de Lira e do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), líder do partido na Casa, que também foi à posse.

Essa é a segunda troca de ministro no terceiro mandato de Lula. Em abril, o general Gonçalves Dias deixou o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) em meio a suspeitas envolvendo os atentados golpistas de 8 de janeiro.

Sabino foi o primeiro passo

Lula, Lira, Elmar e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) se reuniram no Planalto antes da posse de Sabino. O governo tem feito um exercício para tentar alocar PP e Republicanos no governo, conforme cominado, tentando equilibrar a segurança dos aliados e os desejos do centrão.

Lula tem tentado resolver um xadrez para evitar a diminuição do número de mulheres e de aliados na Esplanada, mas já ouviu do centrão que terá de cortar na "própria carne". Nesta semana, o atraso para a votação do arcabouço fiscal na Câmara foi visto como um recado de Lira para que o processo adiante.

Além dos dois ministros, o centrão também busca outros cargos no governo. O governo já teria acertado a saída de Rita Serrano da Caixa para a entrada da ex-deputada Margarete Coelho (PP). Agências reguladoras e outros cargos de segundo escalão também estão na mira.

Em entrevista nesta manhã, Lula disse que vai definir troca de ministérios após Cúpula da Amazônia. Ele tem defendido abertamente a entrada dos partidos que foram base do governo Jair Bolsonaro (PL) como uma composição para fortalecer o governo — Sabino foi só o primeiro passo.

Vou fazer ajustes no governo porque tenho interesse de construir maioria para que, até o final de 2026, a gente possa votar coisas importantes do interesse do povo brasileiro. Por isso a troca de ministérios não pode ser vista como uma coisa absurda.
Lula, em entrevista

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Com Lira, Lula empossa Sabino e estreia mudanças do centrão no governo - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Política